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Nevoeiro marítimo e queimadas na Amazônia reduzem a qualidade do ar em SC e outras regiões do País

Por Fabíola Sinimbú - Repórter da Agência Brasil

Fonte: Agência Brasil

 Publicado 20/08/2024 17:11  – Atualizado 20/08/2024 17:36

  • No Vale do Itajaí, a BR-470 tem apresentado pouca visibilidade aos motoristas nas primeiras horas da manhã (Fotos: ALEXANDRE MELO/JORNAL METAS)

Fumaça de queimadas atinge cidades de dez estados e de três países

Com a intensificação da temporada de incêndios na Amazônia e no Pantanal, em decorrência da mudança do clima, cidades de dez estados registraram episódios de fumaça e diminuição na qualidade do ar.

Imagens obtidas pelo Centro de Previsão do Tempo e Estudos Climáticos mostram a concentração do monóxido de carbono sobre uma faixa que se estende do Norte do Brasil até as regiões Sul e Sudeste, passando sobre o Peru, Bolívia e Paraguai. Na última semana, o Fundo Internacional de Emergência das Nações Unidas para a Infância (Unicef) fez um alerta sobre os cuidados necessários para a saúde nesses casos.

Em Santa Catarina, além da fumaça das queimadas um extenso nevoeiro marítimo marca presença entre a Grande Florianópolis, o Litoral Norte e o mar. A Defesa Civil de Santa Catarina explica que a imagem do satélite GOES-16 destaca essa condição, evidenciando que a maior parte do nevoeiro está sobre o oceano, afetando as regiões costeiras e impactando a visibilidade, principalmente na navegação aérea da região.

A central de monitoramento da Defesa Civil do estado explica que a tendência é o nevoeiro marítimo perder força com o avançar das horas, melhorando a visibilidades. No entanto, durante a noite, há condições para a formação de novos nevoeiros nas áreas de Vale do Itajaí e próximas ao litoral. A previsibilidade de duração e ocorrência de um nevoeiro é incerta, por isso, é importante redobrar os cuidados e respeitar as normas de trânsito específicas para esta condição. 

Já com relação às queimadas, o Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA) divulgou nota explicando que o fogo na Amazônia está concentrado principalmente no sul do Estado e nos arredores da Rodovia Transamazônica (BR-230).

"Amazonas e Pará concentram, juntos, mais da metade (51,6%) dos focos de incêndio registrados no bioma de 1º de janeiro a 18 de agosto de 2024, segundo dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Desde 1º de julho, 67,2% dos focos registrados estão nos dois estados.", informou o ministério.

Área afetada

De acordo com o Laboratório de Aplicações de Satélites Ambientais da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Lasa-UFRJ), este ano o fogo consumiu 3,2 milhões de hectares da Amazônia, o que representa 0,77% do bioma. No Pantanal, quase 1,9 milhão de hectares foi consumido pelo fogo, atingindo 12,5% do território.

Um alerta de perigo extremo de fogo do Sistema de Alarmes do Lasa-UFRJ foi divulgado com previsões para a Bacia do Paraguai, no Pantanal. Segundo o informativo, até a próxima quinta-feira (22), toda a região enfrentará condições climáticas que dificultam o combate a incêndios até por meios aéreos, com alta velocidade de propagação do fogo.

O ministério (MMA), 1.489 brigadistas do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) atuam no combate aos incêndios florestais na Amazônia. Desde o dia 24 de julho, 98 incêndios teriam sido extintos, mas 75 persistem ativos e podem reunir até milhares de focos de calor.

Resposta a incêndios

No Pantanal de Mato Grosso atuam 348 brigadistas do Ibama e ICMBio, além de 454 militares das Forças Armadas, 95 da Força Nacional e mais dez da Polícia Federal. Das 98 áreas de incêndio, 50 teriam sido extintas e 46 permanecem ativas, das quais 27 estão controladas.

Uma sala de situação criada pelo governo federal concentra a resposta federal aos incêndios no país desde junho. Na Amazônia Legal, foram disponibilizados R$ 405 milhões do Fundo Amazônia para apoiar as guarnições do Corpo de Bombeiros dos estados. No Pantanal, também foi liberado um crédito extraordinário de R$ 137,6 milhões, além do repasse de mais R$ 13,4 milhões ao Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional para assistência humanitária e combate a incêndios florestais.

  • Fumaça de queimadas atinge cidades de dez estados (© Divulgação Brigada de Alter do Chão (PA))

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