Familiares, amigos e comunidade em geral vão se reunir, no começo da noite desta terça-feira (20), no local da ocorrência

Vilson Oneda Junior, 38 anos, o homem que foi brutalmente espancado no começo da tarde do último sábado, dia 17, vai ganhar apoio da comunidade em uma manifestação que está sendo organizada para o começo da noite (19h) desta terça-feira, dia 20. Familiares e amigos estão à frente do movimento que vai pedir por justiça para o caso que ganhou grande repercussão na cidade, depois que as imagens do espancamento passaram a circular nas redes sociais. Segundo o que foi apurado até agora, Vilson foi agredido por três ciganos após uma discussão.
Vilson, conhecido por Juninho, segue internado no Hospital de Gaspar, onde aguarda autorização médica para realizar um procedimento cirúrgico na face, para reconstituição de ossos que foram quebrados durante o espancamento. Segundo informações, ele não corre risco de morte, mas encontra-se bastante machucado.
Existem duas versões para o espancamento. A primeira é a contada pela vítima. Vilson disse que estava saindo de bicicleta do Supermercado Otto Atacarejo, localizado na Avenida Frei Godofredo, 1.455, bairro Santa Terezinha, quando percebeu que num terreno ao lado três homens discutiam e brigavam. Os homens pertenciam a um grupo de ciganos, que estava acampado ali havia alguns dias. Ele então parou para observar a cena. Um dos ciganos teria percebido que Vilson estava com o celular na mão filmando a briga. O homem então atirou uma pedra na direção de Vilson, que teria acertado as costas. Em seguida, um segundo agressor saiu do acampamento e agrediu Vilson, que teria caído. A partir daí, ele foi brutalmente espancado com socos e pontapés por três pessoas, que depois retornam para o acampamento.
Nas imagens, percebe-se que uma caminhoneta branca para ao lado de Vilson, que está caído no acostamento da rodovia. Porém, o motorista não desce do veículo. Em seguida, um motociclista para para ajudar e, logo em seguida, um ciclista também tenta ajudar a vítima. Em outro vídeo, percebe-se que a confusão continua, pois os agressores perceberam que várias pessoas haviam presenciado a cena e, algumas delas, filmado o espancamento. Os homens passaram então a ameaçar as testemunhas. Um homem aparece no vídeo se afastando da cena com uma arma na mão. Ele é seguido por um dos agressores, que acaba desistindo quando percebe que ele está armado.

Na versão dos ciganos e divulgada pela Polícia Militar, em nota na manhã desta terça-feira (20), os ciganos alegaram aos policiais, que atenderam a ocorrência, que Vilson havia urinado na frente da filha de um deles, e que isso teria gerado uma discussão e, em seguida, as agressões. Uma pessoa da família nega que Vilson tenha feito isso. Porém, somente o andar da investigação, que está sob a responsabilidade da Polícia Civil de Gaspar, é que se poderá saber o motivo real das agressões, se de fato houve um desentendimento entre agressores e vítima antes da agressão física.

A Polícia Militar de Gaspar também emitiu, nesta terça-feira (20), uma nota onde relata os procedimentos adotados durante a ocorrência, bem como justifica o fato de os agressores não terem sido presos em flagrante. A nota pode ser lida acessando este link