Santa Catarina é atingida por fumaça das queimadas na Amazônia
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A Floresta Amazônica registra o maior número de focos de incêndio para o mês de julho desde 2005 (Fotos: Divulgação Defesa Civil)
Defesa Civil alerta para impacto na qualidade do ar e visibilidade; fenômeno deve se intensificar no fim de semana
O Estado de Santa Catarina foi atingido nesta sexta-feira (16) por uma densa fumaça resultante das queimadas na Floresta Amazônica, conforme confirmou a Defesa Civil. Esse fenômeno, conhecido como "corredor de fumaça", também vai impactar outros estados da região Sul, incluindo o Rio Grande do Sul.
Segundo as autoridades, a presença de fumaça nesta época do ano não é incomum, mas sua intensidade pode afetar significativamente a visibilidade e a qualidade do ar na região. Imagens de satélite mostraram que, no oeste de Santa Catarina, a maior parte do céu estava encoberta por nuvens, enquanto nas áreas do Alto Vale do Itajaí e do Litoral Norte, nevoeiros se formaram. Nas regiões onde o céu estava mais limpo, a presença da fumaça ficou ainda mais evidente.
Esse cenário preocupante ocorre após a Floresta Amazônica registrar o maior número de focos de incêndio para o mês de julho desde 2005, com mais de 11 mil ocorrências identificadas pelo Sistema Deter, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Esses dados alarmantes colocaram o Brasil entre os cinco países com o ar mais poluído do mundo, segundo um monitoramento recente realizado pela World’s Air Quality Index (WAQI).
A situação muda para o final de semana?
A previsão para o final de semana, segundo o MetSul, é de que o corredor de fumaça, que se estende desde a região amazônica até o sul do Brasil, passando pela Bolívia, Paraguai e nordeste da Argentina, deve se intensificar. Imagens de satélite da Administração Nacional de Oceanos e Atmosfera dos Estados Unidos também confirmam a chegada dessa massa de fumaça ao Rio Grande do Sul.
Diante dessa situação, a Defesa Civil recomenda à população que mantenha-se hidratada e fique atenta a sintomas de irritação respiratória, como tosse, dificuldade para respirar ou irritação nos olhos. A orientação é especialmente direcionada a grupos mais vulneráveis, como crianças, idosos e pessoas com doenças respiratórias ou cardíacas.
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