Renato e Aline Openkoski estavam em uma casa em Joinville

A Polícia Civil localizou e prendeu nesta quarta feira (22), Renato e Aline Openkoski que estavam foragidos havia cerca de um ano. Eles foram condenados a penas que somam 70 anos de reclusão por prática de crime de estelionato e apropriação indébita (art. 171 do CP e art. 89 da Lei n. 13.146/2015).

O casal era pai do menino Jonatas Openkoski, portador de Atrofia Muscular Espinhal (AME) que morreu em 2022. Em 2017, a campanha "Ame Jonatas" ganhou grande repercussão nas redes sociais, envolvendo até artistas famosos e doações do exterior, com o objetivo de arrecadar dinheiro para o tratamento do menino. Meses depois, a polícia passou a investigar o verdadeiro destino do dinheiro a pedido do Ministério Público de Santa Catarina que recebeu denúncia dando conta de uma mudança no padrão de vida de Renato e Aline. Eles teriam usado o dinheiro arrecadado na campanha - mais de R$ 3 milhões - para comprar roupas de marca, carro de luxo, academia de ginástica e até em viagens.

O casal sempre negou as supostas irregularidades. Em março de 2018, a justiça bloqueou os valores levantados pela campanha, de forma liminar, além de apreender um veículo avaliado em R$ 140 mil que já estava no nome de Renato. No mesmo ano, a Polícia Civil indiciou Renato e Aline por estelionato e apropriação indébita. Em outubro de 2022, ambos foram condenados pela Justiça, mas não foram mais localizados . Nessa semana, a investigação rastreou o paradeiro do casal, que estava em um imóvel no Morro do Meio, em Joinville, cidade onde foi lançada a campanha.