Evento acontece neste sábado, com intuito educativo.

O mês de maio é dedicado à conscientização e combate do abuso e exploração infanto-juvenil. Neste sábado, dia 18, Secretaria de Assistência Social realiza uma ação na Praça Getúlio Vargas, a partir das 9h. A ação visa conscientizar a população sobre a importância da prevenção e enfrentamento à violência e abuso sexual na primeira infância.

Anualmente, o público é alertado sobre a luta em defesa dos direitos de crianças e adolescentes, além de expor e reforçar fatores de risco e meios que podem provocar a violência sexual. A proposta da campanha é mobilizar, sensibilizar, informar e convocar toda a sociedade a participar da luta em defesa dos direitos de crianças e adolescentes.

Somente em 2024, segundo a Prefeitura de Gaspar, o Conselho Tutelar registrou 52 casos de abuso sexual contra menores no município. A psicóloga do CREAS, Jéssica Vitorino, ressalta que os impactos são significativos na saúde mental das vítimas, gerando transtornos como depressão e estresse pós-traumático. A violência também pode deixar sinais como mudanças abruptas de comportamento, isolamento social repentino e queda no desempenho escolar.

"A autoestima, socialização, qualidade do sono, relação com o próprio corpo, humor e aprendizagem também costumam ser prejudicados. Embora uma criança vítima de abuso nem sempre apresente sintomas aparentes, alguns sinais podem ser sinal de alerta para a atenção dos adultos. A proximidade excessiva com o suposto agressor também pode ser um sinal de alerta”, explica Jéssica.

Ainda de acordo com a psicóloga, cada indivíduo enfrenta de maneira única a vivência de abuso ou exploração sexual. “O modo como o adulto reage com a criança ou adolescente diante de uma revelação de abuso sexual tem uma relação direta com as consequências geradas. Os prejuízos da violência sexual não afetam apenas a vítima, mas também sua família, especialmente quando o autor da violência é um familiar, como ocorre na maioria dos casos no Brasil”, salienta Jéssica.

A psicóloga explica que, para evitar situações de abuso, é fundamental que as crianças conheçam seus corpos. “A prevenção pode incluir o conhecimento sobre as partes do corpo e quais partes não devem ser tocadas. Além disso, é crucial que a criança ou adolescente estabeleça uma relação de confiança com um adulto de sua convivência, para poder relatar qualquer situação de abuso”, finaliza a psicóloga Jéssica.

Para denunciar, utilize o Disque 100 ou 180, ou contate o Conselho Tutelar e Ministério Público.

O atendimento às vítimas é realizado pelo Centro de Referência Especializado de Assistência Social (CREAS), que oferece apoio e acompanhamento multidisciplinar.