Se não é o ambiente de total calmaria, ao menos a CBF recebeu da FIFA o sinal verde de “normalidade restaurada”, e assim não corre mais nenhum risco de punição, garantindo a participação do Brasil, por exemplo, no torneio Pré-Olímpico, marcado para começar este mês.
Ednaldo Rodrigues que, no final do ano passado, havia sido destituído do cargo de presidente da CBF pelo Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro retornou por meio de decisão do ministro Gilmar Mendes, do Superior Tribunal de Justiça, que cassou a liminar do TJ-RJ. Já no primeiro dia no cargo, Ednaldo dispensou o técnico interino da Seleção Brasileira principal, Fernando Diniz, e partiu para um técnico definitivo. Ednaldo alegou que havia um acerto com a diretoria do Fluminense de que a CBF não iria tirar Fernando Diniz do Tricolor das Laranjeiras, permanecendo com o interino até a chegada de Carlo Ancelotti. Porém, o italiano renovou contrato com o Real Madrid no final do ano passado.
Assim, a solução foi demitir o interino e acertar com o atual técnico do São Paulo, Dorival Junior, que passará a ser o comandante definitivo da Seleção Brasileira nas eliminatórias, onde o Brasil é apenas o sexto colocado, e nos amistosos preparatórios para a Copa do Mundo. A apresentação oficial e primeira coletiva de Dorival Junior estavam marcadas para esta quarta-feira, dia 10, porém, foram transferidos devido a compromissos do presidente Ednaldo. A apresentação será nesta quinta-feira, dia 11, às 15h, na sede da CBF, no Rio de Janeiro.
Nesta terça-feira, dia 9, Ednaldo Rodrigues se reuniu com presidentes e representantes dos 40 clubes das Séries A e B do Campeonato Brasileiro, na sede da entidade. O encontro contou com a participação de presidentes de federações estaduais e de diretores da CBF. Na oportunidade, eles debaterem os próximos desafios do futebol brasileiro e apoiaram a gestão de Ednaldo.
O encontro foi realizado no dia seguinte da Fifa declarar que a “normalidade” foi “restaurada” na CBF. O diretor de assuntos jurídicos da Fifa, Emílio Garcia, e o gerente jurídico da Conmebol, Rodrigo Aguirre, defenderam a autonomia da entidade e garantiam apoio ao presidente Ednaldo.
“Uma reunião altamente positiva, com participação maciça dos clubes das Séries A e B. Falamos do futuro do futebol brasileiro, das melhorias das competições ouvindo mais os clubes, com todos participando mais ativamente de todos os detalhes. Ouvimos todos de forma independente para que possamos já nas reuniões dos Conselhos Técnicos de cada competição levar todas as sugestões passadas e acatá-las dentro de uma realidade possível, desde que amparada pelas leis”, resumiu Ednaldo.