Pela primeira vez, um jornal conquistou os dois maiores prêmios da Adjori/SC: Pena de Ouro do Jornalismo e da Publicidade

O anúncio dos vencedores aconteceu em concorrida noite de gala em que cerca 600 pessoas entre donos de jornais e jornalistas, autoridades e profissionais de diversas áreas compareceram. Na  edição 2012 do prêmio, 53 jornais associados de diferentes regiões do Estado disputaram a premiação divididos em dois grupos: Diários/Bissemanais/Trissemanais e Semanais/Quinzenais/Mensais. Também concorreram 15 produções acadêmicas. Os 470 trabalhos inscritos foram avaliados por mais de 60 profissionais especialistas em áreas do jornalismo e da publicidade (veja lista nesta página). A 13ª edição do Prêmio Adjori/SC foi realizado durante o 40º Congresso da Adjori Santa Catarina e 2º Encontro Nacional das Adjori Brasil

COLUNA/CRÔNICA  

Conversações

Somos 7 bilhões de solitários  

Autor: André Soltau

 O professor André Soltau gosta de polemizar, mexer com as pessoas, tirá-las da sua zona de conforto e levá-las à reflexão. Foi assim que ele decidiu abordar assuntos do cotidiano, coisas simples, mas que podem fazer as pessoas mudarem suas atitudes. Na coluna “Somos 7 bilhões de solitários”, publicada em outubro de 2011,  o porfessor André Soltau faz um paralelo entre as vidas solitárias, por força das circunstâncias, de dois famosos personagens: Robson Crusoé e Chuck Noland (Tom Hanks) - filme o Náufrago - e a de bilhões de pessoas que vivem cercadas de outras pessoas, mas que no fundo não passam de grandes solitárias. “A solidão é um mal contemporâneo”, escreve Soltau, para mais adiante afirmar: “Os humanos sempre procuram formas de acalentar seus momentos solitários criando deuses para si, buscando soluções e criando expectativas em outros humanos, apropriando-se de vícios, jogos, leituras, músicas ou filmes”. A mensagem instiga as pessoas a pensarem sobre suas prioridades, consumismo exagerado e o próprio medo diante da solidão. 

REPORTAGEM PAUTADA

O legado da Buona Gente

Autor: Júlia Dourado

O legado deixado pelo povo trentino, que no Vale do Itajaí desembarcou há mais de um século, é inestimável. Em Gaspar, os bairros Gasparinho, Bateias e Barracão concentram o maior número de descendentes de italianos e a jornalista Júlia Dourado foi atrás destas pessoas para resgatar esta história. Nestes bairros de Gaspar, famílias tradicionais ainda se reúnem nos finais de semana para eventos típicos do povo italiano com culinária e música. 

Com um rico trabalho de pesquisa, a repórter conseguiu juntar importantes e até então desconhecidas informações sobre o assunto. Hoje, a principal entidade de incentivo à divulgação dos hábitos e costumes do povo trentino em Gaspar é o Circolo Trentino Di Gasparin, sediado no bairro Gasparinho. Na culinária, a polenta ainda é o prato preferido de boa parte dos moradores desta região da cidade, porém a lasanha e o tortéi são pratos bastante apreciados.  

O idioma também não foi esquecido. Até pouco tempo atrás, uma escola do bairro oferecia aulas de italiano para as crianças. Muitas famílias ainda cultivam o hábito de falar o dialeto trentino. 

Na área do turismo, o Roteiro Vila D´Itália, não FOI totalmente integrado, pretende levar o visitante aos principais pontos turísticos do Gasparinho como a Truticultura Bertoldi, engenhos antigos de cachaça, museu, igrejas, etc. Todas estas transformações foram mostradas na reportagem.

PROJETO ESPECIAL

Movidos pela Esperança 

Autores: Alexandre Melo e Kássia Dalmagro

Escrever sobre um fato ocorrido há quase 200 anos é sempre um desafio para historiadores, escritores e jornalistas. A história precisa ser remontada a partir de fragmentos que vão se juntando na medida em que o trabalho de pesquisa avança. 

As dificuldades são enormes. Com a repórter Kássia Dalmagro e o editor chefe do JM, Alexandre Melo, não foi diferente. Eles viajaram no tempo, para ser mais preciso ao ano de 1844, para contar uma das mais polêmicas e instigantes histórias da colonização do Vale do Itajaí: a da pequena Ilhota. 

Aliás, a cidade é a primeira e única colônia belga a prosperar no Brasil. Então, por que não se explora culturalmente essa condição? Os autores foram buscar essas e outras respostas nos livros, nos arquivos históricos, nas bibliotecas de Itajaí e Blumenau e nos depoimentos de historiadores e pesquisadores. Foram semanas de leituras (quatro livros) e entrevistas com dez fontes. O resultado foi o Projeto Especial Metas na História II, publicado em dezembro de 2011, em oito páginas, que segue a mesma linha da primeira edição vencedora do Prêmio Adjori 2011 - “O Silêncio das Vozes” que retratou a perseguição e repressão aos teuto-brasileiros no Vale do Itajaí durante e após a 2ª Guerra Mundial. Vale a pena ler e conferir este trabalho de resgate da história.