Salto qualitativo e escassez de mão de obra

Salto qualitativo e escassez de mão de obra

Até a metade da década de 1990, ter um telefone fixo era quase um luxo no país. As dificuldades para se obter um e o preço faziam que as linhas telefônicas fossem mencionadas até mesmo como herança. No entanto, um investimento maior no setor no final da década, um pouco antes das privatizações, expandiu as linhas por todo o país. Aliada à chegada da internet comercial, em 1995, as telecomunicações tiveram um grande salto até o ano 2000, expandido o mercado e abrindo espaço para um novo profissional: o engenheiro de telecomunicações.

O chamado “boom” das telecomunicações ocorreu entre 1997 e 2002, quando vários cursos de engenharia de teles foram criados no país, inclusive da Furb em Blumenau, que mantém até hoje um alto conceito no mercado brasileiro. Para atender a demanda, o mercado absorveu outros engenheiros para o setor, principalmente da engenharia elétrica.

Foi o caso do gaúcho Marcelo Vanti, há mais de uma década em Blumenau. Formado em engenharia elétrica, ele migrou para as telecomunicações durante o período de crescimento do setor. Fez especialização e mestrado na área e hoje é o coordenador do curso de teles da Furb. Para ele, o mercado deu uma estabilizada nos últimos anos, mas tende a crescer novamente.

“Depois do boom, houve sim uma acalmada. Mas com os investimentos na TV Digital e na rede de internet móvel 4G, o mercado de telecomunicações vai crescer demais no Brasil”, comenta.

Operadoras de telefonia, provedores de internet, empresas que produzem aparelhos para a internet e emissoras de Rádio e Televisão são exemplos de mercados para os engenheiros de telecomunicações. Vanti cita a Intelbrás, uma fabricante de centrais telefônicas, telefones e centrais condominiais sediada em São José, como grande empresa que contrata mão de obra de engenheiros de teles. Fundada em 1976, a Intelbrás possui hoje, 1,8 mil funcionários.

Mercado absorve os recém-formados

Apesar de ser um mercado forte e em expansão, faltam engenheiros de telecomunicação no país. A afirmação é do coordenador do curso na Furb, Marcelo Vanti. Segundo ele, a maioria dos alunos que se forma na universidade consegue logo um emprego, pois faltam interessados.

“É um mal que ocorre não apenas nas teles, mas em todas as engenharias. E não é só no Brasil, pois o problema existe também na Europa e Estados Unidos. O interesse pelas ciências exatas andou diminuindo justamente em uma época onde a dependência da tecnologia é maior. Fazer uma ligação, acessar a internet, assistir uma televisão, para tudo isso foi preciso o serviço dos engenheiros de teles”, finaliza Vanti.

Onde cursar a faculdade:

Curso de Engenharia das Telecomunicações (Furb)

LEIA TAMBÉM

JORNAL METAS - Rua São José, 253, Sala 302, Centro Empresarial Atitude - (47) 3332 1620

rede facebook | rede twitter | rede instagram | nosso whatsapp | nosso youtube

JORNAL METAS | GASPAR, BLUMENAU SC

(47) 3332 1620 | logo facebooklogo twitterlogo instagramlogo whatsapplogo youtube