Inovação por meio da inteligência coletiva

Inovação por meio da inteligência coletiva
Pedro Schmitt/JM

Ana Paula Belli, 20 anos, sabia pouco de crowdsourcing até o momento em que assumiu o cargo de coordenadora do departamento na Seekr, empresa de monitoramento de redes sociais de Blumenau. “Eu trabalhava em outro setor da mesma empresa. Como desenvolvi habilidades essenciais para o crowdsourcing, mudei de área”, conta.

O termo, pouco conhecido no mercado, define o profissional que usa a inteligência coletiva para encontrar inovações e soluções tecnológicas para o cliente. Por inteligência coletiva, pode-se entender qualquer comentário ou desejo do cliente e usuários relacionado ao produto em questão, além das tendências que se aplicam a ele. “No nosso caso, lidamos com monitoramento de mídias sociais por meio de ferramentas que a empresa desenvolve. 

Os desejos dos clientes e as tendências são levadas em consideração para que possamos buscar a viabilidade de melhorias e trazer novas funcionalidades a estas ferramentas” explica Ana Paula. As tendências, segundo ela, podem ser encontradas em blogs, sites ou em simples comentários dos usuários; tudo isto é levado em consideração na inteligência coletiva.

Em seu cotidiano, um profissional de crowdsourcing precisa estar antenado a tudo o que diz respeito a marca e produtos de sua empresa. A ideia é inovar sempre e estar à frente das necessidades de seus clientes. O processo ocorre da seguinte maneira: Ana Paula descobre uma nova funcionalidade que poderia ser útil aos produtos da empresa, corre atrás dos custos e vê se ela é viável e será utilizada por boa parte dos clientes; se a novidade se encaixar nestes critérios, ela a encaminha para o departamento de tecnologia, que irá desenvolver a nova funcionalidade e aplicar às ferramentas da Seekr.

Para Ana Paula, o profissional de crowdsourcing precisa ter perfil inovador, ser curioso, não ter medo de arriscar, sugerir ou lançar ideias, além de confiar na capacidade de toda a equipe com a qual trabalha.

Outros casos

O crowdsoucing pode ser aplicado a praticamente qualquer área, não apenas ao desenvolvimento de produtos de tecnologia. No caso da famosa cafeteria americana Starbucks, o crowdsourcing é utilizado de forma exemplar. A marca mantém um site chama My Starbucks Idea (www.starbucks.com), em que seu consumidor pode sugerir o que gostaria de encontrar na cafeteria. As melhores ideias são colocadas em votação e a melhor vira realidade.

Até mesmo um novo modelo de carro já foi desenvolvido por meio de crowdsourcing. O Fiat Mio foi criado a partir de 10 mil sugestões de pessoas em mais de 160 países. As ideias e sugestões eram deixadas em um espaço do website da Fiat e todo o processo de produção do novo modelo foi divulgado na internet, ao invés de ser um segredo a sete chaves. Os clientes puderam estar presentes e influenciar na decisão final dos designers e engenheiros da montadora italiana.

Onde estudar:

Quem vê no crowdsourcing uma perspectiva de trabalho, não encontra uma graduação específica . Ana Paula defende que o mais interessante seria a pessoa ter formação em uma área relacionada a empresa em que trabalha e então fazer um curso de especialização em crowdsourcing, que também não são muito fáceis de serem encontrados na região.

A Escola Superior de Propaganda de Marketing, ESPM, costuma oferecer cursos rápidos de formação em crowdsourcing. 

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