Na rota do turismo

Blumenau quer ser a capital nacional da boa comida e bebida

Na rota do turismo

Polo têxtil, industrial, cidade jardim, são vários os títulos que o município de Blumenau recebeu ao longo dos tempos. Nos últimos anos, no entanto, a cidade vem sendo reconhecida por outra atividade econômica, com alto potencial turístico: “Capital Nacional da Cerveja”. 

A bebida, que acompanha os blumenauenses desde sua colonização, é vista como um dos principais elementos da gastronomia, que vem sendo trabalhada como uma das principais atividades turísticas da cidade e região. Além da Oktoberfest, maior festa alemã das américas, que vem sendo focada na alimentação, Blumenau aposta em eventos como o Festival Brasileiro da Cerveja e a rota das cervejarias artesanais, realizada em parceria com outras cidades do Vale Europeu, para incrementar o turismo.

“A vocação da gastronomia sempre existiu e o poder público vai investir ainda mais neste ramo. Durante muitos anos a cidade dependeu apenas da Oktoberfest, só atraia público no mês de outubro. O turismo de gastronomia não é sazonal, ele ocorre o ano inteiro. A Sommerfest, o Festival de Botecos, a SC Gourmet são bons exemplos. Queremos o turista em todos os meses do ano”, comenta o secretário de Turismo, Ricardo Stodieck.

Valmir Zanetti, diretor Executivo do Empório Vila Germânica, que reúne os comércios dentro do Parque Vila Germânica, não tem dúvidas que a gastronomia é o caminho certo para o turismo, não apenas de Blumenau, mas de todo o Vale Europeu.

“Se nós perdemos espaços porque algumas feiras deixaram de acontecer, porque o mercado mudou, a China invadiu, nós temos que criar alternativas. Eu acredito que a gastronomia tem potencial. Mas não é só ter uma boa cerveja. Tem que ter um serviço, um ambiente adequado, um sommelier que saiba sugerir, orientar na hora de servir. Nos próximos 30 anos, este setor vai fazer a diferença para a economia do Vale”, comenta o diretor. 

“Podemos explorar mais”

Ex-secretário de Turismo e ex-presidente do Parque Vila Germânica, Norberto Mette também aposta no turismo da cerveja, porém acredita que ainda há muito por ser feito.

“Sem dúvidas tem um alto potencial turístico e estamos crescendo, mas ainda exploramos muito mal, ainda falta uma ação organizada, integrada, com poder público e iniciativa privada”, declara.

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Guia traça o roteiro das cervejarias no Vale

Das 12 cervejarias do Vale Europeu existentes hoje, 11 delas foram fundadas neste século. O surgimento fez com que a região ficasse conhecida por ser uma terra especializada em cervejas artesanais. Em uma parceria das secretarias de turismo municipais com a Santur, foi criada a Rota das Cervejarias, um guia turísitco apresentando às fábricas locais.

O guia, disponível no site da Santur e nos aparelhos turísticos das cidades envolvidas, não satisfez inteiramente os profissionais do setor, que decidiram que era preciso uma renovação do roteiro. A Secretaria de Turismo de Blumenau, em parceria com o Senac, está produzindo uma nova rota, que deve ser lançada no final do ano.

A diretora de planejamento da Secretaria de Turismo, Sandra Cristina Nienow, conta que, além da atualização do roteiro, com a inclusão de novas cervejarias, a intenção é aprimorar a divulgação externa e produzir outras ações em torno da rota. 

“Além das 12 cervejarias atuais do Vale, temos uma décima terceira que foi inaugurada no mês de outubro. Nós queremos ver o potencial de cada uma e fazer ações de integração entre todas elas”, comenta Cristina.

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Mochila nas costas em busca de conhecimento

Se os turistas que visitam o Vale do Itajaí desejam conhecer o processo de fabricação das cervejas artesanais da região, os profissionais do ramo e aficcionados pela bebida daqui querem o mesmo quando viajam para outras partes do mundo. Do interesse em conhecer as marcas e a cultura cervejeira mundo afora surgiu o “Mochilão Cervejeiro”, uma iniciativa que vem ganhando cada vez mais adeptos.

Criado pelo sommeliers Rubens Deeke e Júlio Machado Junior, o mochilão consiste em organizar excursões de turismo técnico para algum país de tradição da bebida, onde os participantes conhecem não apenas as fábricas, mas os hábitos e costumes locais com a cerveja.

“Em três anos, conhecemos as escolas da Alemanha, Bélgica e Inglaterra. Em 2015, vamos para os Estados Unidos e faremos outra excursão, extra, exclusiva para conhecer o processo de fabricação dos monges trapistas na Bélgica. Uma coisa é saber os costumes da escola inglesa, suas cervejas. Outra é ir na fábrica e depois tomar um pint (copo de cerveja) em um tradicional pub, um hábito tradicional dos ingleses”, comenta Deeke.

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