A Círculo S.A, a maior empresa de Gaspar é um marco no desenvolvimento econômico da cidade. A Círculo é parte da vida de milhares de famílias gasparenses, que viram a tradicional “fábrica de linhas”, como é carinhosamente chamada pelos moradores, se modificar e se modernizar ao longo de 86 anos de atividades. Hoje, 80% dos colaboradores residem em Gaspar.
A Círculo possui o maior parque fabril de fios para artes manuais da América Latina e ocupa a primeira posição entre as arrecadadoras de impostos do município. Osni de Oliveira Junior, CEO da Círculo, reforça a importância da empresa para a história de Gaspar. “A Círculo é genuinamente gasparense, está no DNA da cidade e levamos essa marca para mais de 60 países pelo mundo. Em pesquisas no Arquivo Histórico Leopoldo Jorge Theodoro Schmalz conseguimos identificar que a chegada da empresa trouxe progresso em todos os setores econômicos”, afirma Osni Junior.
Da fábrica de linhas sobrou muito pouco, pois a Círculo de hoje é uma convergência de novos conceitos, novos projetos, novos desafios e novos produtos para atacado e varejo. A empresa não reinventou a roda, apenas reforçou conceitos e valores internos fundamentais para o sucesso e crescimento: tratar bem o cliente, consumidor, colaborador e comunidade, além respeitar o meio ambiente.
Novidades
Entre as novidades para 2024, o presidente destaca o projeto ‘circulando’ que é uma plataforma de vídeos e conteúdo para ajudar artesãos a se profissionalizarem e empreenderem. Além disso, a Círculo lançou recentemente o site Sou Círculo que disponibiliza camisetas, porta novelos, bonés, copos, canecas, chaveiros, bolsas, toalhas de praia, moleskines, guarda-chuvas e outros itens da marca Sou Círculo, além de livros sobre técnicas artesanais.
O começo
Ao abrir as portas da Leopoldo Schmalz & Cia Ltda em 23 de janeiro de 1938, no número 342 da Rua Coronel Aristiliano Ramos, na modesta casa pertencente a um dos sócios, Júlio Schramm (1905-1986) - o outro sócio era Willy Schossland -, o filho de imigrantes suíços nascido em Joinville-SC jamais imaginou que o seu empreendimento se tornaria uma das maiores indústrias têxteis do Brasil.
Formado em Mecânica Têxtil na Alemanha e ainda morando em São Paulo, três anos antes Leopoldo Schmalz já desenhava e executava os projetos das máquinas para a produção de linhas que futuramente usaria na sua indústria. A ideia era simples: fabricar e comercializar fios e linhas para trabalhos manuais e costuras, a partir do algodão. Até aí nenhuma novidade, pois o Vale do Itajaí despontava como um dos maiores polos têxteis do País. A novidade foi a não opção por Blumenau para sede da Circulo, já que a cidade vizinha abrigava as maiores empresas do setor. A escolha foi pela pequena Gaspar, recém-emancipada e de características econômicas predominantemente agrícola.
A amizade entre os irmãos Leopoldo e Lúcia (esposa de Júlio Schramm) trouxe, de presente, a primeira indústria para Gaspar. A Círculo absorveu boa parte da mão de obra da área rural, pois o trabalho na agricultura se tornava cada vez mais difícil e a rentabilidade não garantia mais o sustento das numerosas famílias. As mulheres também ganharam a oportunidade de trabalhar fora dos lares. Já nos primeiros anos de atividade iniciou-se a construção da nova sede da empresa, na Rua Dr. Nereu Ramos, e onde a Círculo está instalada até hoje. Já na inauguração, a empresa dobrou o número de trabalhadores: 23 para 45. Hoje, são mais de 1,3 mil colaboradores direto.
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