PENDÊNCIA

Quase 90 milhões de pessoas já procuraram valores esquecidos em instituições financeiras

População também precisa ficar atenta pois criminosos já estão agindo para aplicar golpes

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Quase 90 milhões de pessoas físicas e empresas já fizeram consultas ao sistema que busca valores esquecidos em instituições financeiras, informou o Banco Central (BC). Desde a abertura do site (https://valoresareceber.bcb.gov.br/), na noite de domingo (13), até as 18h desta quarta-feira (16), 86.997.576 consultas foram registradas. Nas últimas 24 horas, cerca de 21 milhões acessaram a página. A primeira fase da plataforma vai disponibilizar R$ 4 bilhões a serem devolvidos para mais de 26 milhões de brasileiros e 2 milhões de empresas.

Do total de consultas até agora, 85.312.803 foram feitas por pessoas físicas e 1.684.773, por pessoas jurídicas. De acordo com o BC, 17.773.019 (20,4%) resultaram em saldos a resgatar, dos quais 17.531.498 se referem a pessoas físicas e 241.521 a empresas.

A consulta pode ser feita por qualquer cidadão ou empresa, em qualquer horário. No entanto, caso o sistema informe recursos a receber, os usuários foram divididos em três grupos, baseados na data de nascimento ou na data de fundação da empresa.

Quem nasceu antes de 1968 ou abriu a empresa antes desse ano poderá conhecer o saldo residual e pedir o resgate entre 7 e 11 de março, no mesmo site. A própria página informará o horário e a data para pedir o saque. Caso o usuário perca o horário, haverá uma repescagem no sábado seguinte, em 12 de março, das 4h às 24h.

Para pessoas nascidas entre 1968 e 1983 ou empresas fundadas nesse período, o prazo será de 14 a 18 de março, com repescagem em 19 de março. Para quem nasceu a partir de 1984, ou abriu empresa nesse ano, a data vai de 21 e 25 de março, com repescagem em 26 de março. As repescagens também ocorrerão aos sábados no mesmo horário, das 4h às 24h.

Quem perder o sábado de repescagem poderá pedir o resgate a partir de 28 de março, independentemente da data de nascimento ou de criação da empresa. O BC esclarece que o cidadão, ou empresa, que perder os prazos não precisa se preocupar. O direito a receber os recursos é definitivo e estes continuarão guardados pelas instituições financeiras até o correntista pedir o saque.

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José Cruz/Agência Brasil

Atenção para os golpes

 Para acessar o site (https://valoresareceber.bcb.gov.br/), basta informar o CPF ou o CNPJ e a data de nascimento da pessoa ou a de abertura da empresa. Ainda que seja uma novidade positiva, é preciso se atentar, pois criminosos se beneficiam da situação para aplicar golpes. Neste caso, eles são feitos através da promessa de quantias altas, aproveitando o interesse da população em receber um dinheiro que não esperava. "Geralmente, o contato é feito por redes sociais, e-mails, mensagens ou ligações para o celular", conta Marco Zanini, CEO da Dinamo Networks, especialista em segurança digital. "É preciso lembrar que o Banco Central não envia links ou entra em contato através dessas plataformas".

O golpe mais recente está sendo feito através do envio de mensagens com um link, que ocorre principalmente pelo WhatsApp, informando que a pessoa tem dinheiro a receber. Ele direciona para um site falso que oferece busca e resgate do dinheiro esquecido, com uma página apresentando características similares ao original, que imita o sistema e possui até mesmo o logo do Banco Central. Para realizar a consulta, é necessário informar o nome completo e o CPF. O site pode mostrar ainda o dinheiro que a vítima teria para receber, como valores entre R$ 1 mil e R$ 4 mil, e a promessa de saque instantâneo via Pix.

As informações pessoais preenchidas durante as etapas passadas pelos criminosos são suficientes para serem utilizadas em golpes financeiros. Segundo Zanini, o problema também está no compartilhamento das mensagens com sites falsos, frequentes no WhatsApp. "Os golpistas utilizam palavras chamativas e incentivam as vítimas a compartilharem com outros contatos para que tenham acesso ao benefício liberado. Isso faz com que mais pessoas caiam no golpe e tenham os dados utilizados", explica.

Entre as dicas do especialista para evitar as ações criminosas, estão:

    Confira antes se o endereço do site é verdadeiro.

    Evite compartilhar dados pessoais em sites desconhecidos.

    Se mantenha informado sobre os comunicados originais do Banco Central, onde saiu por exemplo o site oficial de consulta que deve ser utilizado: https://valoresareceber.bcb.gov.br/

    Nunca clique em links suspeitos de e-mails ou mensagens em redes sociais, mesmo que compartilhado por amigos ou familiares.

    Não utilize o Pix constantemente. Opte por formas mais seguras de pagamentos fora dos Apps oficiais.

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