O Governo do Estado negou que tivesse reajustado o Imposto sobre Propriedade de Veículo Automotores, o IPVA. De acordo com a informação, a alíquota do imposto continua a mesma: varia entre 1% e 2% do preço de mercado do veículo, sendo considerada um dos mais baixas do país. O fato é que o aumento se deu em função da valorização dos veículos seminovos frente à falta de carros novos no mercado. O IPVA é um percentual sobre o preço de mercado do veículo, que é apontado pela tabela da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe). Esse percentual, chamado de alíquota, varia a critério de cada estado. Em Santa Catarina, aplicam-se as alíquotas de 2% para veículos de passeio, utilitários e motor-home, 1% para motos, triciclos, transporte de carga ou passageiros e destinados à locação.

Nos vizinhos Rio Grande do Sul e Paraná, por exemplo, este índice é de  3% e 3,5%, respectivamente, para carros de passeio. Em São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais chega a 4%. De acordo com a tabela da Fipe, os veículos seminovos valorizaram, em média, 23% em 2021. 

Para se ter ideia, o automóvel popular mais vendido do país é o Fiat Argo motor 1.0. De acordo com a Fipe, este automóvel, ano 2020, está avaliado em R$ 53.019. Em Santa Catarina, o IPVA vai custar R$ 1.060,38 em 2022. Já em Minas Gerais, por exemplo, onde o IPVA é 4%, mesmo mantendo a tabela Fipe do ano anterior, o preço do imposto é de R$ 1.675,78. Em São Paulo, cujo IPVA também é 4%, o imposto é R$ 2.049,48. No Paraná, onde a alíquota é 3,5%, o IPVA do mesmo automóvel sai por R$ 1.855,66. A Secretaria de Comunicação do Governo do Estado também lamentou que estejam circulando, nas redes sociais, falsas notícias creditando ao governo do estado o aumento do IPVA.