O dado é do Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário


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Estudo do Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário indica que, no Brasil, a corrupção consome 8% de tudo o que é arrecadado no país, ou seja, entre R$ 150 e 200 bilhões por ano. "Com isso, o cidadão brasileiro trabalha 29 dias por ano para pagar a conta da corrupção", afirmou o sócio da T4 Compliance, Matheus Cunha, durante o Compliance Day, evento que a FIESC promove nesta terça-feira, dia 8, para os colaboradores. Também ministraram palestra no encontro o executivo de compliance da BRF, Reynaldo Goto, e o filósofo Clóvis de Barros.

Nessa semana é comemorado mundialmente o dia do compliance e da ética. O presidente da FIESC, Mario Cezar de Aguiar, salientou que, desde 2018, a instituição tem implementado, de forma sólida e contínua, um programa de integridade. "O Sistema FIESC tem como imprescindível um programa que norteia os princípios e os atos de nossos colaboradores, clientes, fornecedores e demais públicos com os quais nos relacionamos. Portanto, todo dia é dia de compliance", declarou.

Matheus Cunha salientou que a corrupção é um dos principais fatores que contribuem para que as políticas públicas não cheguem com efetividade à sociedade. Ele ressaltou que existe um sistema que se chama "de real para a realidade", que permite converter valores em espécie em políticas públicas. "Se fizéssemos um pacto de não pagar propina por um ano e esse recurso fosse destinado à execução de políticas públicas efetivas, com R$ 200 bilhões conseguiríamos construir 675 quilômetros de metrô e 40 mil casas populares'', exemplificou.


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No encontro, Goto, da BRF, apresentou as linhas gerais do sistema de integridade da multinacional brasileira que exporta para mais de 140 países. "A BRF enumerou três compromissos fundamentais: integridade, segurança e qualidade", declarou, observando que a segurança das pessoas, a qualidade dos serviços e a integridade dependem de um sistema bem trabalhado, mas, principalmente, da atitude de cada indivíduo. Os princípios do sistema de integridade da BRF são integrados por pilares como: estrutura global adequada ao nível de risco, políticas e procedimentos globais, treinamento, capacitação e comunicação, análise contínua de parceiros de negócios, controles digitais e monitoramentos ágeis, identificação e mitigação dos riscos de compliance, engajamento externo e compartilhamento de práticas.

Ao final do evento, o filósofo Clóvis de Barros ministrou uma palestra em que trouxe reflexões sobre a ética e a moral.