Principais razões são a alta no desemprego e no preço de produtos e serviços

Segundo pesquisa realizada pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), 66% dos brasileiros acreditam que o cenário econômico do país é ruim. Entre as principais razões, estão a inflação e o alto índice de desemprego.  

Para 25% dos entrevistados, o momento da economia é neutro, enquanto 9% encaram o cenário atual como positivo. Entre os otimistas, os principais fatores são justamente a maior confiança das pessoas com a economia (55%) e a expectativa de queda da inflação para os próximos meses (45%). 

Na avaliação da própria vida financeira, 46% dos entrevistados respondeu que a situação está regular. Para 37%, a percepção sobre o próprio bolso é ruim, enquanto 17% vê como boa. A perspectiva, no entanto, é de melhora, já que 57% está otimista com a sua vida financeira para os próximos seis meses, enquanto apenas 11% está pessimista.  

A pesquisa também levantou que o alto de custo de vida é o que mais pesa para 54% dos brasileiros, seguido pelo desemprego (17%) e pelo endividamento (14%). De acordo com os dados, 60% dos consumidores acreditam que a inflação cresceu, enquanto 25% acha que ela se manteve estável, e para 9% houve queda. 

Atualmente 58% dos consumidores afirma não gastar além do seu orçamento. Os 13% que dizem passar do limite gastam em média R$ 623,40 a mais do que deveriam. 

Confiança 

Se atualmente mais pessoas acreditam que a economia está indo mal, o otimismo para o futuro está equilibrado. Enquanto 27% está otimista com o futuro econômico do país nos próximos seis meses, os mesmos 27% estão pessimistas. Já 42% dos entrevistados não está otimista e nem pessimista. Para 44% dos brasileiros, as oportunidades de emprego devem ser as mesmas nos próximos seis meses, 33% acreditam que elas serão maiores e 14% que haverão menos oportunidades. 

Segundo a pesquisa, o indicador de confiança do consumidor foi de 47,2 em novembro, subindo 0,6 ponto em relação a outubro, e 1 ponto em comparação ao mesmo período do ano passado. Mesmo com o aumento, o índice ainda é menor que o registrado em janeiro, quando registrou 49 pontos. O indicador varia de zero a 100, sendo que quanto mais próximo de 100, mais otimista o consumidor está.  

O presidente da CNDL, José Cesar da Costa, acredita que os consumidores ainda lidam com efeitos da crise, como o endividamento, o achatamento da renda e os altos níveis de desemprego no país. "O que se espera é que ao longo dos próximos meses o anúncio de uma agenda positiva consiga aumentar o quadro da confiança, recuperando o desgaste que se observou ao longo deste ano", analisou.