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Boletim Focus manteve previsão de PIB fechando 2025 em 2,16%, diz BC (Fotos: Antonio Cruz/Agência Brasil)
Boletim Focus aponta IPCA estimado em 4,45% para o ano que vem, sinalizando menor pressão inflacionária e manutenção da Selic em 15% ao ano
- A projeção da inflação oficial para 2025 no Brasil segue em trajetória de recuo e, pela segunda semana consecutiva, se mantém abaixo do teto da meta estipulada pelo Conselho Monetário Nacional. De acordo com o boletim Focus divulgado nesta segunda-feira (24), o IPCA estimado para o próximo ano caiu para 4,45%, ficando dentro da margem de tolerância, cujo limite superior é de 4,5%.
O movimento de desaceleração ocorre após o IBGE registrar em outubro uma inflação de apenas 0,09%, a menor taxa para o mês desde 1998. Com isso, o acumulado dos últimos 12 meses ficou em 4,68%, representando o primeiro resultado abaixo de 5% em oito meses. O Focus mostra ainda que a previsão há quatro semanas era de 4,56% para 2025, passando a 4,46% na semana anterior e, agora, atingindo 4,45%.
Sobre o desempenho da economia nacional, o relatório manteve estáveis as projeções para o Produto Interno Bruto, estimando crescimento de 2,16% em 2025. O prognóstico para os anos seguintes segue moderado: 1,78% em 2026 e 1,88% em 2027.
A política monetária segue como fator decisivo para esse comportamento. Com a Selic fixada em 15% ao ano e mantida pelo Copom nas últimas três reuniões, o Banco Central afirmou que não descarta elevar a taxa novamente, caso haja necessidade de reforçar o combate à inflação. Mesmo assim, o mercado projeta estabilidade no patamar de 15% até o fim de 2025 e prevê redução para 12% em 2026, mantendo a expectativa de 10,50% para 2027.
O cenário cambial também segue estável. O dólar permanece projetado para encerrar 2025 em R$ 5,40, com a mesma previsão mantida para os anos subsequentes, fixada em R$ 5,50.
Apesar dos sinais positivos, a inflação ainda permanece acima do centro da meta — que é de 3% — e o Banco Central reforça que continuará vigilante diante das incertezas globais e da política econômica norte-americana, fatores que influenciam o ambiente financeiro no Brasil.
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