A coluna de hoje faz um alerta às pessoas que buscam o emagrecimento a qualquer custo.
Em recente matéria jornalística veiculada na TV, denominada "pílulas da morte", vimos, estarrecidos, a notícia da morte de uma jovem mulher, de apenas 27 anos na cidade de Lages e também de outras ocorrências envolvendo problemas de saúde em pessoas do nosso estado e de várias partes do Brasil, relacionadas ao consumo de produtos ditos emagrecedores, vendidos e divulgados como sendo compostos de ervas medicinais, adquiridos pela internet, através de sites de vendas (Google, "Mercado Livre", "OLX", etc) e também pelas mídias sociais (Facebook, Instagram, Youtube, Twetter, e Watsapp), ou por telefone e também, pasmem, até em loja de materiais de elétricos na cidade de Palhoça. Na reportagem verificou-se que tais produtos contêm, além das propaladas e "inofensivas" ervas medicinais, produtos químicos controlados, proibidos e nocivos à saúde, como "Anfetaminas" e "Barbituricos", "Sibutramina", "Diazepam", "Fluoxetina", "Clobenzorex", "Bupropiona" entre outras drogas, como atestou o laudo toxicológico produzido pelo IGP de Santa Catarina e divulgado na reportagem.
No caso da vítima fatal de Lages, o Laudo Cadavérico constatou a causa da morte como sendo: "Intoxicação exógena em decorrência de substância contendo 'Sibutramina' e 'Diazepam'". Consumidores e vítimas relataram que após consumirem os produtos sentiram náuseas, dores de cabeça, tonturas, esquecimento, aceleração dos batimentos cardíacos, pressão baixa, boca seca, dores abdominais e até desmaios, com casos agudos que levaram consumidores à UTI, sem contar com a morte já relatada.
Estamos diante de um problema seríssimo de produtos perigosos à saúde sendo comercializados de forma indiscriminada e irresponsável, com flagrantes propagandas enganosas e que estão oferecendo enorme risco para a saúde dos consumidores enganados que buscam apenas melhorar a qualidade de vida com o prometido emagrecimento.
Os produtos não estão registrados na ANVISA, por estarem caracterizados "falsamente" como suplementos, com exceção do produto BioSlim, registrado como medicamento fitoterápico, também de forma falsa, pois em seu composto foram encontradas "Sibutramina" e "Diazepam", substâncias controladas e nocivas à saúde se mal administradas.
Na reportagem foram mencionados os suplementos "Original Ervas", "Royal Slim", "BioSlim", "Natural Dieta" e "Yellow Black", mas podem existir outros!
O Procon Estadual, nesta semana, determinou cautelarmente, a suspensão imediata da fabricação, distribuição, venda, fornecimento, divulgação destes produtos em todo o território do estado de Santa Catarina, sob pena de multa de R$ 1.000.000,00 (um milhão de reais) para o caso de descumprimento, por se tratar de risco à saúde dos consumidores, com base do artigo 6º, I, do Código de Defesa do Consumidor.
Determinou, ainda, que as empresas responsáveis pelos sites de venda, busca e divulgação na internet retirem do ar as páginas e bloqueie os usuários que divulgam e comercializam tais produtos perigosos à saúde, sob pena da mesma multa, além de implicações cíveis e criminais.
Então, o alerta desta coluna hoje é: se você está utilizando estes suplementos emagrecedores PARE imediatamente!
Se conhece alguém que faz uso destes produtos oriente a pessoa que também o faça!
Se sabe de alguém que vende estes produtos denuncie ao Procon e às Autoridades!
Não existem produtos milagrosos. Busque orientação médica, faça exercícios físicos, alimente-se corretamente e cuide da sua saúde de forma a não colocar em risco a sua vida!
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