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Edição da semana 13/11/2025 (Fotos: Jornal Metas)
O Open Finance é uma das maiores transformações do sistema financeiro brasileiro. Trata-se de um modelo que permite que o próprio cliente autorize o compartilhamento de seus dados entre diferentes instituições — bancos, fintechs, corretoras, seguradoras de forma padronizada, segura e totalmente sob seu controle. Na prática, isso significa uma empresa pode centralizar dados de várias contas bancárias em uma única plataforma, tendo uma visão completa do seu fluxo caixa. Você pode permitir que uma instituição acesse seu histórico financeiro para oferecer produtos e serviços personalizados, como linhas de crédito mais vantajosas ou investimentos sob medida.
A iniciativa nasceu da evolução do Open Banking e amplia o escopo para áreas como investimentos, câmbio e seguros. Segundo especialistas da KPMG, o Brasil é hoje uma referência global nesse processo de descentralização financeira, que tem como base o uso de APIs (interfaces de programação) padronizadas para garantir a segurança das informações. Os benefícios ao consumidor são amplos: mais concorrência entre instituições, produtos personalizados, transparência nas tarifas e maior poder de escolha. A Febraban destaca que o cliente se torna o verdadeiro dono de seus dados — podendo migrar entre bancos com mais facilidade e exigindo serviços melhores. Em outras palavras, o poder de decisão passa das instituições para as mãos do cidadão.
No entanto, o caminho ainda tem desafios. De acordo com o especialista Marcus Fonseca, a baixa adesão do público se deve, principalmente, à falta de informação e confiança no processo. Embora o medo de compartilhar dados esteja diminuindo, o setor financeiro ainda busca formas de transformar esses dados em valor real para o cliente.
Dados recentes do Banco Central mostram que o país ultrapassou a marca de 100 milhões de autorizações de compartilhamento, com mais de 60 milhões de contas conectadas. Especialistas avaliam que o ecossistema já atingiu maturidade técnica e regulatória, mas depende agora de uma nova etapa: engajamento do público e educação financeira. A mudança está em curso, e entender seu funcionamento é fundamental para consumidores, empresas e profissionais do setor. O futuro das finanças é aberto, transparente e colaborativo.
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