Competência técnica e inteligência emocional: O cenário de talentos corporativos está passando por uma mudança estrutural: não bastam mais os profissionais com domínio técnico — as empresas buscam quem também apresente excelência comportamental. A adoção acelerada da inteligência artificial (IA) está redefinindo o que se exige, e os reflexos já chegam ao ecossistema empresarial em Santa Catarina.

A consultoria PwC, uma das maiores redes globais de serviços profissionais (auditoria, consultoria, assessoria tributária e de negócios), revela que no Brasil as vagas em ocupações expostas à IA cresceram cerca de 264% entre 2021 e 2024. Além disso, o “prêmio salarial” para quem detém competências de IA saltou para cerca de 56% acima de cargos semelhantes no período recente.

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Para a indústria e o comércio catarinenses, esse movimento exige atenção. Aqui, segmentos como automotivo, metalomecânica, têxtil e até agronegócio começam a adotar ferramentas de IA em automação, previsão de demanda e manutenção preditiva — o que eleva a importância de perfis híbridos: técnico + comportamental. As organizações que ainda “fermentam” apenas requisitos de formação tradicional e anos de experiência podem se defrontar com escassez de talentos ou serem ultrapassadas.
Em termos comportamentais, as empresas valorizam adaptabilidade, capacidade de aprender rápido, comunicação entre áreas e mindset colaborativo — atributos que se tornam diferencial num ambiente com IA e dados em tempo real. Assim, reter talentos não será apenas oferecer remuneração maior, mas criar cultura de aprendizagem contínua, propósito e um ambiente onde a tecnologia potencie o humano.

Para a Santa Catarina que exporta, importa e compete globalmente, o recado é claro: a disputa por talentos não vai se diluir — vai se tornar mais seletiva. E a combinação entre domínio técnico em IA (ou suas interfaces) e maturidade comportamental será o ponto de inflexão entre empresas que elevam seu patamar de competitividade e aquelas que permanecem à margem.

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