Um dos mais populosos bairros de Gaspar, o Margem Esquerda, não tem um posto de saúde.

Um dos mais populosos bairros de Gaspar, o Margem Esquerda, não tem um posto de saúde. As queixas da comunidade aumentaram, proporcionalmente à população do bairro. Duas delas são justificáveis: a distância da unidade de saúde do Lagoa e a espera no posto central para uma consulta, locais onde a população daquela região é orientada a procurar atendimento médico. O Hospital de Gaspar, que poderia ser outra alternativa, permanece fechado para reformas.

Por isso, quando a edificação da futura unidade de saúde começou a ser erguida em 2008, a comunidade comemorou. Mas nem tudo são flores. A enchente de novembro do ano passado forçou a interrupção dos trabalhos e a inauguração, prevista para dezembro, foi adiada. Os moradores ficaram apreensivos quando o novo prazo, janeiro de 2009, não foi cumprido. Agora, a Prefeitura anuncia para abril deste ano a inauguração do posto.

Os funcionários da empresa Multi Construções, vencedora da licitação, concluíram o levantamento das paredes e a estrutura da edificação. Faltam os acabamentos internos, como portas, janelas, fiação elétrica e hidráulica.

O morador Jaime Cestari não vê a hora da unidade passar a atender a comunidade, embora ache que as obras estão lentas. "Não será mais preciso se deslocar até o posto do Lagoa ou centro da cidade". Clésio Sabel, diz que o bairro precisa de outros investimentos, como um posto bancário e uma casa lotérica.

Ele não esquece que a administração anterior fez muita força para que a unidade de saúde fosse construída no bairro e revela que a sua família também contribuiu para que a obra saísse do papel.

O terreno onde está sendo assentada a unidade pertenceu à família de Clésio. Existe a promessa informal da unidade se chamar João Anselmo Sabel, uma homenagem ao pai de Clesio, falecido há cerca de seis anos. "Ele era muito conhecido e querido na nossa comunidade", diz o amigo João Dossi.