O bairro Santa Terezinha é o endereço de um destaque do motocross, o tricampeão catarinense Jonathan Batista. Apaixonado pelo esporte, ganhou a primeira moto com apenas 10 anos de idade. Naquela época, correr de moto era só uma brincadeira. Anos mais tarde, o lazer virou profissão e levou o gasparense a competições em diferentes lugares do País.

Jonathan começou treinando nos terrenos próximos ao Fórum de Gaspar. Algumas vezes tinha até platéia. Em suas primeiras competições, correu com o número 913, do qual não se separou mais. Sua estreia na categoria profissional se deu um ano antes do previsto. "Resolvi participar de uma corrida especial só pra ver como era, e acabei ganhando", conta o piloto. Como havia vencido numa corrida de nível profissional, o coordenador das competições não permitiu que ele voltasse a competir na categoria Júnior, que era a sua, pois estaria muito a frente dos outros pilotos.

A partir daí, o motocross tomou conta da vida de Jonathan. Durante três anos, elelele dedicou todo o seu tempo a treinar e se preparar para corridas. Chegou a participar até do Campeonato Latino-Americano de Motocross e teve a satisfação de correr com um de seus ídolos, o piloto Elton Becker, irmão do famoso piloto Milton "Chumbinho" Becker. Nesse período, o jovem piloto conquistou vários títulos, e passou a ser um nome de destaque no cenário esportivo catarinense.

Em 2003, começou a se preparar para o Campeonato Brasileiro. "Todos estavam apostando em mim naquele ano, e eu tinha mesmo tudo para ganhar", lembra o campeão. Porém, em uma das etapas do campeonato, na cidade de Canelinhas, Jonathan sofreu um sério acidente. Em um dos saltos, o motor de sua moto travou, atirando o piloto ao chão, de uma altura de 13 metros. O rapaz caiu de pé e quebrou a bacia. "Era o único lugar em que eu não usava proteção nenhuma", explica.

Após o acidente, Jonathan mudou algumas de suas prioridades e deixou de ocupar o primeiro lugar. Ainda em 2004, participou de uma competição, porém, nos anos seguintes, passou a comparecer apenas como convidado. Então, o garoto que vivia de corridas, resolveu casar e assumir um cargo na empresa do pai. Mas, a paixão pelo motocross continuava viva. Em 2008, Jonathan decidiu voltar às competições. Mesmo sem patrocínio, ele ficou campeão estadual. Jonathan pretende participar novamente do Campeonato Catarinense, mas não tem mais o tempo necessário para vislumbrar uma nova competição nacional.

"É preciso ter muito tempo livre para dedicar-se a um campeonato brasileiro. Como hoje tenho outros objetivos, assumi um posto na empresa, não tenho mais tanta disponibilidade", justifica o piloto.