Moradores do Vila Isabel aguardam uma solução

Moradores do Vila Isabel aguardam uma solução

Após a enchente de novembro do ano passado, toda a cidade está se reestruturando e se prevenindo. No bairro Barracão, os moradores do loteamento Vila Isabel solicitaram à prefeitura um estudo da tubulação local. Segundo eles, além da quantidade anormal de chuva, a falta de escoamento foi o principal fator que contribuiu para que as casas fossem atingidas pela enxurrada.

De acordo com Eneas Lana, presidente da Associação de Moradores da Vila Isabel, a tubulação foi colocada pela empresa que criou o loteamento. No ano passado, foi avaliada por técnicos da prefeitura que a consideraram sufuciente para a demanda. "Mas tem alguma coisa errada, porque não é normal encher tanto e tão rápido", observa. No final de semana da enchente, a água chegou a subir um metro, em alguns pontos, atingiu o asfalto.

Os moradores apontam ainda outros fatores que contribuíram para o fato, como um muro que foi construído no final da rua Maria Lana. Antes, a água escoava por aquele terreno. Como o local foi elevado, a água foi represada e invadiu as casas. Cerca de 20 residências foram atingidas pela enchente. Fora isso, todas as famílias que moram no morro ao lado, podem também sofrer com inundações no caso de uma nova tragédia. "Qualquer chuvinha já fecha a entrada da rua com água", afirma Eneas.

Também o barro trazido pela enchente, aliado ao fato de as bocas de lobo terem sido mal feitas, ajudou a entupir as possíveis saídas de água. E um dos tubos por onde escoava a água foi trancado. Além da enchente, os moradores tiveram de lidar com a sujeira que ficou e o risco de doenças. "Todo o esgoto que estava parado na tubulação veio junto com a água", revela o presidente da associação.

A Secretaria de Planejamento e Desenvolvimento já foi acionada, para que seja feito um estudo do local e o problema possa ser solucionado. "Eles disseram que estão tentando resolver o problema e se comprometeram a vir aqui", informa Eneas. Ele garante que a associação continuará reivindicando uma solução.

Adão Adair de Souza foi o primeiro a ter sua casa atingida pela enchente, pois mora no ponto mais baixo do loteamento, logo na entrada. Ao colocar as coisas para o segundo piso da casa, caiu e quebrou o braço. Por isso, não conseguiu salvar a maior parte de seus pertences. A água levou cerca de um dia para baixar. Quase dois meses depois, as paredes continuam úmidas e as marcas da água ainda estão presentes.

O mesmo se vê na casa de Maria Acati Cense, que foi invadida duas vezes pelas águas, a primeira no final de semana da grande enchente e a segunda na enxurrada que ocorreu no final de semana seguinte. Maria perdeu alguns móveis, que se estragaram em função da umidade. "Do lado da minha casa tinha um muro que caiu, tamanha a força da correnteza", conta. Para ela, o problema da tubulação tinha que ser resolvido logo, para que a rua não fosse alagada cada vez que chove.

Buracos ameaçam a segurança no loteamento

Outro problema que os moradores do loteamento estão enfrentando desde setembro do ano passado é um buraco que se abriu no meio da rua de entrada. Segundo Eneas, a prefeitura apareceu algumas vezes, colocou macadame, mas o buraco voltou a se abrir. "Isso aqui é muito perigoso, se vem um motorista desatento e cai aqui, vai ser um acidente muito sério", avalia Eneas.

Para prevenir os visitantes, os moradores improvisaram uma sinalização com ferros e fita, mas já está se desgastando. "Agora fizemos contato com o Samusa, para verificar o que está causando essa abertura na estrada", diz Eneas.

Comente esta reportagem enviando um e-mail para [email protected]