Fruto da luta e da união da comunidade católica, a Capela Santa Clara é hoje o local oficial de celebrações dos católicos do Poço Grande. Antes disso, as missas e outros encontros religiosos aconteciam em um galpão próximo da atual capela. Erguida em quatro anos, com doações e dinheiro arrecadado em festas e rifas, a capela foi concluída com uma capacidade para acomodar 300 pessoas. No final do ano passado, o templo completou um ano de inauguração.

"A comunidade Santa Clara era a única que não tinha sua própria capela", lembra Daniel Silvestre Spengler, membro da Comissão para Assuntos Econômicos da Paróquia (CAEP) e um dos grandes líderes do projeto de contrução da igreja. Ele, que nasceu e cresceu no Poço Grande, viu a comunidade surgir e participou de toda sua história. Daniel conta que, no início, na década de 1980, as pessoas se reuniam na Escola Estadual do Poço Grande, que hoje não existe mais.

Os próprios fiéis católicos doaram dinheiro para a compra de terrenos da futura capela, além da contribuição na execução da obra. "Conseguimos a doação de vários materiais como areia, brita, tijolos, cimento, madeira de cacharia", conta o presidente do CAEP, Mário Fachini. Já os vitrais, feitos na mesma empresa que os da Igreja Matriz São Pedro Apóstolo, foram pagos por famílias da comunidade.

O sino da capela foi doado pelo ex-prefeito Oswaldo Schneider, o popular Paca. Na reta final da obra, as missas especiais passaram a ser celebradas no novo templo, porém, o mês oficial de inauguração é dezembro de 2007. A primeira missa foi celebrada pelo bispo diocesanos da Diocese de Blumenau, na época, frei Angélico Bernardino. Depois de pronta, a capela sediou a primeira missa de um padre, frei Fernando Reinert.

Boa parte da construção da capela foi erguida em mutirão, em prazo recorde graças ao envolvimento de toda a comunidade católica. "Foi um projeto ambicioso, uma luta grande para organizar festas e mobilizar as pessoas, mas o povo de Gaspar é solidário", afirma Mário. Para a capela ficar completa, ainda faltam alguns detalhes, como o forro e os bancos, mas esses são planos futuros. Ainda assim, a dedicação, garantem Mário e Daniel ao observar o resultado final de tanto trabalho, valeu à pena. "Agora, sim, temos um local apropriado para celebrar missas", comemora Daniel.