A história de sucesso de Mário Werner e de sua família

Há mais de 20 anos quando Mário Werner comprou um terreno no quilômetro 39 da BR-470, no bairro Margem Esquerda, em Gaspar, muitos duvidavam que ali pudesse prosperar algum tipo de empreendimento que não fosse a agricultura. "Era tudo mato", conta ele próprio. Hoje, a Werner Madeiras, nascida como Serraria Werner, é a maior do setor em Gaspar. Só de área construída são cerca de dois mil metros quadrados que ganharam forma durante as duas décadas de trabalho de Mário, da sua esposa Maria Helena e das duas filhas, Magali e Maike, que cuidam da área administrativa. Hoje, o negócio emprega 35 funcionários diretos. Os principais clientes são as lojas de materiais de construção e construtoras. A madeira beneficiada é fornecida para Gaspar e região e também para o litoral catarinense. Além disso, uma vez por semana um carregamento da matéria-prima sai com destino ao Rio de Janeiro (RJ) e Belo Horizonte (MG).

Mário é um simpático senhor de 57 anos muito conhecido na comunidade. Filho mais velho de nove irmãos, ele começou a trabalhar aos oito anos, ajudando os pais na roça. Se dedicou à agricultura até os 24 anos, quando passou então a trabalhar para a construção civil. Foi carpinteiro até os 34 anos. O conhecimento adquirido o levou a investir na abertura de uma serraria.

O dom para trabalhar com madeira está, inclusive, no sangue da família. "Meu bisavô veio da Alemanha para o Brasil com quatro anos de idade para trabalhar como carpinteiro. Ele passou os ensinamentos para meu avô, que repassou para meus tios. Aprendi a ser carpinteiro observando eles trabalharem", relata Werner.

A serraria começou tímida, no final da década de 1980, ainda em um terreno na Rua Pedro Simon, também no Margem Esquerda. Mas, uma serraria exige muito espaço para se trabalhar e Mário precisou ir atrás de um local mais amplo.

Na época, o capital investido foi uma moto CG 125cc para a compra de uma parte do terreno onde hoje está localizada a serraria. "Com o passar dos anos fui adquirindo mais áreas ao redor e assim por diante. Tudo o que conquistei foi com muito trabalho", diz Werner. No começo, ele serrava, vendia e entregava a madeira. Trabalhei alguns dias 12 horas por dia", recorda o empresário. Hoje, a rotina na serraria não é mais tão exaustiva. Werner não vai mais para a mata serrar a madeira, mas trabalha diariamente no beneficiamento da matéria-prima.

Na empresa, ele conta com a ajuda da esposa, Maria Helena, e das filhas Maike, de 27 anos, e Magali, de 24. A administração familiar é uma das principais características da serraria. A filha mais velha é formada em administração e a mais nova em Engenharia Florestal. A qualificação das filhas tem refletido no futuro da empresa. "Estamos mudando o conceito da serraria. Hoje, somos uma empresa que visa o desenvolvimento sustentável. Possuímos área de reflorestamento e aplicamos o programa 5s em todos os setores", explica Magali.

Além disso, a madeira utilizada pela Werner é comprada somente de fornecedores que esteja devidamente certificados junto aos órgãos ambientais. Uma das medidas adotadas recentemente foi a mudança do nome e também da logomarca da empresa. "Por causa das mudanças algumas pessoas acham que meu pai vendeu a serraria", diz Maike, com a garantia de que o dia em que o pai parar de trabalhar, ela e a irmã vão continuar á frente dos negócios.

 Coração voluntário

Se tem uma coisa que Werner gosta tanto quanto beneficiar madeira é freqüentar as festas de igreja da cidade. "Não perco uma. Sou até chamado de festeiro de carteirinha", confessa. Para ele, as festas possibilitam a integração entre as comunidades, além do momento ideal para rever os amigos. Mas não é só o divertimento que interessa a Mário. "Meu pai sempre ajudava na igreja e herdei dele essa vocação. Por isso continuo ajudando a comunidade São Sebastião. Vejo como uma obrigação", acrescenta. Tanto é verdade que foi Werner quem doou a matéria-prima para a construção da capela e também a mão de obra. "Fui eu, com a ajuda de um amigo, quem construiu o telhado da igreja", orgulha-se. Entre as paixões de Mário também está o futebol. Nos fins de semana ele vai para frente da tevê e curte um bom jogo de futebol, e vibra muito principalmente quando o seu Santos está em campo.

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