Sociedade é o local de lazer da comunidade do Macuco

A rotina no Macuco dificilmente é quebrada. O bairro é um dos mais tranqüilos de Gaspar. Os moradores mais antigos dizem que o Macuco mudou pouco nas últimas décadas, incluindo o seu contingente populacional. Na Estrada Geral e nas ruas transversais do bairro - todas sem pavimentação - vivem hoje 86 famílias. Marcas do passado estão por toda a parte: nas casas, nas propriedades rurais e na atividade predominantemente agrícola. Se durante o dia se trabalha muito, à noite e nos finais de semana faltam opções de lazer.
A bem da verdade, o único endereço tradicional no bairro é a Sociedade Recreativa Esportiva Macuco, que no último dia 16 de agosto completou 17 anos de fundação. O terreno para a sede, na rua Ernesto Cenci, foi doado por Fabiano Solano Schmitt, José Urbano Schmitt e Pedro Carlos Schmitt, o Pedro Macuco. O dinheiro da obra foi arrecadado em rifas, bingos e outras promoções. O primeiro presidente foi Artur Bertoldo Schmitt; o atual é Adilson Thomaz.
A estrutura da Sociedade é modesta: cancha de bocha, campo de futebol suíço, salão social e um bar. Hoje, com 80 sócios - 40 patrimoniais e 40 mensalistas - a entidade se sustenta financeiramente do pagamento das mensalidades, mas apenase 40 sócios estão em dia.  A inadimplência, segundo o secretário da Sociedade, José Antônio Schmitt, o Zezinho, preocupa.
A venda de placas publicitárias na cancha de bocha reforça o caixa. Há cerca de um mês, um novo ecônomo assumiu, fato que vem atraindo mais pessoas para a Sociedade, principalmente nas sextas-feiras à noite quando acontece a rodada do campeonato de bocha e dominó entre sociedades e os empregados da indústria Ceramfix, cujas instalações ficam próximas, se reúnem para um happy hour. A Sociedade, no entanto, não obtém lucro da venda de comida e bebida no bar nem do aluguel do campo de futebol. “O ecônomo paga a energia e faz a limpeza e manutenção das instalações”, explica Zezinho.      

Costela Fogo de Chão vira atração
Uma outra fonte de renda da Sociedade Macuco é recente e parece agradar aos moradores: a Costela Fogo de Chão. A segunda edição está marcada para o dia 19 de setembro e vai custar R$ 20,00 por pessoa, acompanhada de uma caipirinha.
Zezinho conta que a Costela Fogo de Chão surgiu por força de uma dívida de R$ 6 mil pelo não cumprimento de uma obrigação estatutária (declaração de isenta da Sociedade). No início de 2008, a atual diretoria foi obrigada a buscar outras fontes de renda para quitar a dívida, foi quando surgiu a ideia da Costela Fogo de Chão.
O sucesso da primeira edição fez a diretoria repetir o evento este ano quando são esperadas cerca de 250 pessoas. O lucro será aplicado na reforma do quiosque, pintura e pequenos reparos na sede.