Churrascaria na rua Itajaí é conhecida por ser um antigo ponto de encontro de amigos

Churrascaria na rua Itajaí é conhecida por ser um antigo ponto de encontro de amigos

Um lugar para se reunir com os colegas, jogar cartas e conversar. Assim é conhecida a Churrascaria do Cação, localizada ao lado do posto de gasolina da rua Itajaí. Há 11 anos neste endereço, Celso Scheidt, o Cação, conquistou mais que uma clientela, bons amigos. Todos os dias, eles se reúnem no local  para relaxar, se divertir e jogar conversa fora.
?O bar do Cação é o anfitrião da terceira idade?, afirma Wilson Bornhausen, um dos freqüentadores mais assíduos da churrascaria. Isso porque a maioria dos que ali se encontram, já são idosos. Segundo Cação, alguns de seus clientes têm mais de 80 anos. ?Tem uns que vêm de manhã, depois vão pra casa almoçar e voltam à tarde?, comenta o comerciante.
Segundo o dono da churrascaria, a partir das 14h a turma começa a chegar. Por volta das 16h, a churrascaria  está repleta. Pelas mesas, quartetos se dividem para jogar tranca, enquanto os demais se agrupam ao redor para acompanhar o jogo. ?Alguns jogam de manhã também?, conta Arnaldo Spengler. Apontado por Cação como um dos melhores jogadores, Arnaldo mora na mesma rua e vem todos os dias bater ponto, nos dois turnos, na churrascaria. Seu irmão, Henrique Paulo Spengler, apelidado de Patinha, também freqüenta o estabelecimento. ?O atendimento é bom, a comida é excelente, gosto muito daqui?, diz Arnaldo.
Os jogadores são sempre os mesmos. A regra determina que o lugar pertence a quem chegar primeiro. Cação conta que tem cliente que não abre mão da sua vez nas partidas. Às vezes, chegam até a discutir por causa do jogo, mas tudo sempre acaba bem.
Muitos moram próximo  à Churrascaria, como é o caso de Wilson Faria. ?Viajo muito a trabalho, então, toda sexta-feira venho aqui para comer uma rosquinha e beber uma cerveja com os amigos?, explica. Mas outros vêm de bairros mais distantes, como do Gasparinho, só para curtir um fim de tarde descontraído.
Cação, segundo os clientes, se destaca pela hospitalidade. ?A gente chega, já tem um café com cuca pronto na cozinha. É muito bom?, diz Bornhausen. Outros freqüentadores dizem que o dono é brincalhão e atende bem as pessoas, além do ambiente que é agradável e familiar. ?Aqui é bom, todo mundo se conhece, fica um círculo de amizade forte?, comenta Faria, que é carioca e mora em Gaspar há 19 anos.
A cumplicidade é tamanha, que muitos dos clientes já são conhecidos por apelidos que surgiram no próprio bar, conforme conta a esposa de Cação, Márcia Scheidt. ?Às vezes alguns até cochilam enquanto estão aqui assistindo aos outros jogarem?, diverte-se. A reunião só acaba perto das 19 horas.

Costela servida aos sábados é elogiada pelos clientes

Aos sábados, o movimento na Churrascaria do Cação aumenta. É porque, ao meio-dia, ele vende uma costela assada que, segundo os freqüentadores, não tem melhor na cidade. Então, os clientes trazem a família e o jogo é suspenso.
Durante a semana, Cação vende uma rifa; o sorteado ganha uma costela de graça. Às vezes, um cliente chega a ganhar mais de uma costela em um mesmo dia. ?Então eles deixam reservado para pegar outro dia?, explica o dono do restaurante. Faria é um deles, e afirma ter oito costelas para receber.
Além de toda a movimentação da semana, Cação também disponibiliza seu estabelecimento para a realização de eventos, como festas de final de ano, aniversários e outras confraternizações.

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