Quero a doçura do verbo viver
26/06/2019 13:15
Transbordo em afetos por quem me proporciona a sensação de vida recomeçada.
O amor tem um valor quase que metafísico na minha vida, isso eu não posso negar. E nem quero. Sou uma eterna apaixonada, uma mulher de trinta e cinco que não cansa de acreditar, que não cansa de insistir, que não cansa de lembrar.
Eu não abro mão de ser feliz por nada nesse mundo e ponto.
Já confundi sentimentos, pensando ser amor; já senti saudades de palavras que me disseram, pensando ser amor; já cometi erros insanos, no ato de pensar estar amando. Talvez por que o amor ou aquilo que a gente intitula e sente como sendo, torna a vibração da vida mais simples.
Não, não, isso não é uma queixa ou uma aceitação consentida, pelo contrário: é a minha forma de ver que mudou. E hoje, mais do que nunca, sei reconhecer quanto o tempo tem sido bondoso comigo.
E não foi preciso você prometer mundos e fundos, bastou vir com a essência tua: abrindo frestas, lançando olhares, colorindo tardes sem sol, pendurando uma fé enorme no varal de esperanças lá de casa, para que eu pudesse enfrentar (caso estivesse sozinha) os dias em que céu ficasse mais cinza.
Sim, e os dias ficaram - e ainda são - mais bonitos depois da tua vinda, depois desse horizonte de possibilidades que você me apresentou, dessa força minha que eu nem imagina ter. Mais do que o equilíbrio e o brilho de dentro que encontrei ao teu lado, eu me conheci - de um ângulo jamais visto antes - e me encantei com a mulher que encontrei ante o espelho.
A nossa métrica era tanta, que a poesia do teu abraço me curava do peso e me transportava para um mundo onde, mesmo diante da aspereza humana, as pessoas ainda acreditavam que foram feitas para dar certo de alguma forma. Do modo que se apresentarem, com as histórias e a poeira que vierem, não importa. A gente se teme se sabe. Isso importa.