Mulheres: ocupem seus lugares

Mulheres: ocupem  seus lugares

O que acontece para que uma mulher altamente capacitada não ocupe os melhores postos de trabalho em sua carreira? As barreiras ainda são muitas neste nosso ano de 2017. Embora muita coisa tenha mudado desde o tempo de nossas mães, não é tarefa fácil ser mulher no ambiente corporativo. E o mundo perde muito por isso.
Uma pesquisa bem recente da consultoria americana McKinsey mostrou que o PIB mundial teria um aumento de US$ 28 trilhões em 10 anos se houvesse a equidade de gêneros no planeta. Ou seja, se houvesse equilíbrio na distribuição das funções de liderança entre homens e mulheres. Mas a pergunta do início do texto ainda não foi respondida. Até porque as razões são variadas e algumas vezes subjetivas. Nas organizações pelas quais já passei, convivi com mulheres competentíssimas e geralmente muito boas de relacionamento interpessoal - ou seja, em plenas condições de ocupar postos de liderança. Claro que houve exceções, mas em muitos casos, ou a mulher acabava por sacrificar a vida pessoal ou simplesmente não queria assumir uma responsabilidade maior.
Existem barreiras invisíveis que mantém muitas mulheres longe do lugar onde deveriam estar. Se a mulher tem um estilo frágil, é porque não está preparada. Se se impõe, é prepotente. Sem falar nos relacionamentos com os colegas. Não é raro que equipes de diretoria, por exemplo, contem com apenas uma representante do sexo feminino. Até para os homens essas barreiras existem. Você convida sem problemas seu colega para um chope depois do expediente. Vai convidar a colega da mesma maneira? O que os outros podem pensar? O que ela pode pensar? O que a sua mulher pode pensar? Isso prejudica a mulher na formação do seu networking e na integração com a equipe. Até a aparência, embora seja um preconceito velado, também pesa. Se a mulher se veste à vontade, de forma feminina, é porque quer chamar a atenção. É preciso se policiar para não parecer mulher demais - como se isso fosse um defeito.
Tem ainda a famosa conciliação do trabalho com a família. Embora muitos pais estejam assumindo mais a criação dos filhos e os cuidados com a casa, a mãe geralmente acaba abraçando mais as responsabilidades. Isso quando não é a única provedora. Por conta de tantas razões, muitas mulheres simplesmente não querem assumir postos para o qual estão tão bem preparadas e desistem de construir uma carreira.
O resultado desses muitos fatores é triste e concreto. Dos executivos de maior remuneração de empresas (presidente, presidente do conselho, gerente geral, diretor de operações) do ranking Fortune 500, apenas 6% são mulheres. Dos presidentes, apenas 2% são do sexo feminino e somente 15% dos assentos do conselho de administração são ocupados por elas.
Ainda somos - homens e mulheres - reféns de padrões mentais há muito tempo disseminados sobre gêneros e sobre liderança. Mas o mínimo que podemos fazer é não perpetuá-los. Se eu soubesse a solução para esse problema mundial, certamente estaria rico e nem estaria escrevendo este artigo. O que posso dizer é o seguinte: mulheres, não desistam. O mundo precisa cada vez mais das decisões de vocês. Alguns homens sabem disso, torcem e colaboram para que vocês, cada vez mais, cresçam e apareçam. Eu sou um deles.

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