Amizade e ajuda
Café colonial comemora 25 anos de clube de mães
Integrantes do Clube de Mães Santa Catarina, no bairro Belchior Baixo, promoveram sábado à tarde um café colonial comemorativo aos 25 anos do grupo. O encontro reuniu 315 pessoas que puderam saborear 137 pratos, entre doces e salgados. Durante o evento, foi feita uma roda da fortuna e um bazar com peças artesanais produzidas pelas mães.
Com o valor arrecadado, que ainda está sendo contabilizado, as mulheres fazem a manutenção do clube, organizam passeios e ajudam entidades necessitadas.
Atualmente com 19 membros, o grupo se reúne semanalmente às quartas-feiras. Das 14h às 17h, as mulheres bordam, fazem crochê, pintam e conversam. Sempre tem alguém querendo aprender e alguém disposto a ensinar.
A coordenadora do grupo, Iolanda da Silva, conta que além de garantir que as mães se exercitem por meio de atividades manuais, o que por si só já é uma terapia, elas conversam e trocam experiências sobre filhos, família e a comunidade onde moram.
"Nas conversas a gente percebe que nosso problema nem sempre é o maior", lembra Iolanda.
Ela destaca que desde a fundação do grupo o que a marcou e que a faz continuar presente no Clube de Mães é amizade que conquistou: "Elas são minha segunda família", acentua.
A tesoureira Ana Juraci da Silva lembra que a atuação do Clube de Mães Santa Catarina teve reflexos em toda a comunidade, pois fortaleceu a amizade dos moradores e as pessoas passaram a se conhecer mais e melhor.
Para participar do clube é preciso apenas ter vontade. Hoje o grupo reúne mulheres dos 45 anos 84 anos, o que proporciona uma interessante troca de experiências. Para ajudar na manutenção da entidade é cobrado anualmente o valor de R$ 50 de cada integrante.
Um pouco de história
O clube foi fundado em 1993, quando 18 mulheres se reuniram no salão paroquial da Capela Santa Catarina com o objetivo de colocar em prática um projeto que havia surgido anos antes, durante missões, na presença do Frei Piaia e voluntários. O grupo queria reunir mulheres da comunidade para ajudar pessoas carentes e também promover momentos de descontração entre as participantes.
Com incentivo do frei José Lino, pároco na época, as mulheres foram em busca de doações para desengavetar a ideia. Ganharam fios, material para encher almofadas, máquinas de costura e dinheiro para comprar itens que ainda faltavam e deram o primeiro passo.
Desde então os encontros ocorrem sempre às quartas-feiras. E já no primeiro ano foi organizado o café beneficente para ajudar a arrecadar recursos para manter o clube. Os pratos foram preparados pelas próprias mães com ajuda de filhas, noras e comunidade. Foi também o momento em que colocaram à venda os trabalhos manuais que vinham criando. Com dedicação e esforço, conseguiram ao longo dos anos recursos para ajudar pessoas carentes, comprar utensílios para a capela e para construir a sala própria do clube de mães, que funciona na própria capela.