As justas homenagens
Uma noite de muitas lembranças. Assim foi o 29 de novembro de 2018, quando se reuniram em Gaspar os grandes personagens da devastadora tragédia climática, que arrancou 137 vidas do nosso meio, causando ainda enormes prejuízos financeiros. As justas homenagens ali prestadas a quem participou nos trabalhos de resgate e auxílio às vítimas vieram acompanhadas de depoimentos emocionados, o que demonstra que, mesmo depois de dez anos, a tragédia climática permanece muita viva ma lembrança de todos os gasparenses.
A cidade se reergueu, as marcas físicas do evento praticamente desapareceram, mas as lembranças não se apagam da nossa memória. E não pode ser diferente, porque essa foi uma tragédia sem precedentes na história. Acostumados a enchentes e enxurradas, nunca antes havíamos visto deslizamentos de terra e isso, sem dúvida, foi o mais assustador.
Além das homenagens e dos relatos emocionados, o evento da noite de quinta-feira nos remete à reflexão sobre o futuro que nos aguarda e o que podemos fazer para que novas tragédias não nos peguem mais de surpresa. Esse é o grande desafio daqui para frente, que nos parece ainda longe do seu objetivo. É verdade que habitamos uma região suscetível a este tipo de evento climático, porém, há de se fazer muito mais para que não precisemos mais enfrentar situações caóticas como a de 2008. As lições foram dadas pela natureza, só precisamos entendê-las.