Uma ação preventiva

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A sociedade dá pouco importância e a imprensa encara como um tabu, mas o suicídio é de fato um problema preocupante do ponto de vista social. Revela a fragilidade do ser humano diante do convívio em sociedade e o extremo a que pode chegar quando há um desvio de personalidade. Mas, o suicídio é também um problema de saúde, já que a depressão, vista pela Medicina como a doença do século, é o primeiro sintoma de que o indivíduo pode de fato dar fim à própria vida. Mas, nos acostumamos a dizer que suicídio é coisa de gente de idade, que já está na fase final da vida. Um erro grave e que mantém debaixo do tapete uma realidade extremamente cruel com muitas famílias. Milhares de jovens interrompem suas vidas por meio do suicídio. É preciso abrir a caixa preta e buscar as causas, que muitas vezes estão na família, mas é na escola que se percebe a tendência do indivíduo ao suicídio. Por isso, entendemos como boa iniciativa do vereador Amauri Bornhausen (PDT) em criar um programa municipal que coloque dentro das escolas especialistas - psicólogos e assistentes sociais - com olhares voltados exclusivamente para o comportamento dos nossos jovens. Se essa fosse regra geral, poderíamos evitar centenas de tragédias, inclusive com a perda de vidas em situações como a da escola do município de Saudade, no Oeste do Estado, que completou um ano nesta semana. Indivíduos com potencial ao suicídio podem, antes do cometimento do suicídio, matar inocentes. Portanto, é preciso ficar atento aos movimentos dos jovens, para isso é preciso criar mecanismos permanentes de observação de condutas no ambiente escolar.