Um novo modelo no serviço público

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No modelo atual de serviço público no Brasil, o funcionário civil é promovido por tempo de serviço. Essa é a regra para a maioria dos casos. São os chamados "avanços" por antiguidade. Portanto, não existe nenhum estímulo para que o funcionário busque se qualificar profissionalmente. Um título de pós-graduação, mestrado ou doutorado vale muito pouco porque falta exatamente uma política de cargos e salários. 
O mais justo e transparente é adotar políticas que valorizem o funcionário público pelo nível de qualificação e conhecimento e não por tempo de serviço ou idade. É isso que a administração municipal de Gaspar vai tentar fazer ao criar o plano de cargos e salários, que outros governos municipais prometeram, mas nunca tiveram a coragem de tirar do papel. O plano de cargos e salários vai mostrar quem de fato pode merecer uma promoção dentro da estrutura da administração e quem não pode. Ou seja, vai sacudir aquele funcionário efetivo que está há vários anos acomodado. De maneira geral, o serviço público precisa adotar políticas de gestão de pessoas iguais as praticadas na iniciativa privada. Funcionário competente é promovido, funcionário incompetente é demitido. Ainda é preciso avançar muito na legislação que regulamenta o serviço público no Brasil, mas só o fato do governo Wan-Dall querer criar uma política de cargos e salários já se configura num extraordinário desejo de modernizar as relações de rabalho. Evidente que vai haver oposição à proposta do governo, mas ela deverá ser amplamente discutida com a sociedade. Se a comunidade for consultada, com certeza vai aprovar a decisão do governo Wan-Dall. É a administração pública de Gaspar querendo também se adaptar a um modelo de gestão de pessoas mais moderno e justo.