Maio Amarelo
Dado da Organização Mundial da Saúde (OMS) revela que 1 milhão e 350 mil pessoas morrem todos os anos em acidentes de trânsito no mundo. 2021 a 2030 é considerada a década para a redução de mortes causadas pelo trânsito. A meta da OMS é evitar, no mínimo, 50% destas perdas. As maiores vítimas são pedestres, ciclistas e motociclistas, considerados mais vulneráveis nas ruas, especialmente em países em desenvolvimento. Não é novidade que o Brasil é um dos campeões mundiais de mortes no trânsito - perto de 50 mil/ano. Por aqui morre mais gente no trânsito do que, por exemplo, na guerra da Síria ou na Faixa de Gaza.
Portanto, estamos diante de um problema grave e sem solução a curto prazo. As ruas estão entupidas de veículos, pois cada vez mais os carros e motos estão acessíveis à população, enquanto que a indústria automobilística segue produzindo veículos mais sofisticados e com potência incompatível com a nossa malha rodoviária. O transporte coletivo, que seria uma saída, se tornou tão ou mais inoperante durante a pandemia. O Maio Amarelo está aí, novamente, para tentar propor o debate e soluções para o nosso trânsito. Uma situação que atinge a todos nós, pois o país gasta bilhões de reais por ano com acidentados do trânsito. Isto provoca uma elevada ocupação das UTIs e quartos dos hospitais públicos, isto sem levar em conta que muitas destas vítimas que ficam com sequelas. Uma pena que ainda se precise abrir este Maio Amarelo para se discutir a imprudência no trânsito, que permeia uma parte dos nossos motoristas.