O horizonte de 2026: entre o plantio e a colheita
Ao cruzarmos o portal simbólico de um novo ano, é comum sermos tomados por uma mistura de alívio pelo que passou e ansiedade pelo que virá. No entanto, as expectativas que devemos carregar na bagagem para 2026 não devem ser confundidas com desejos passivos ou previsões mágicas; elas precisam ser vistas, acima de tudo, como uma postura consciente diante da vida.
A primeira grande expectativa não é a de que o mundo se tornará mais calmo, mais tolerante, mas de que seremos capazes de superar os obstáculos.
O aprendizado, de cada ano, nos dá ferramentas emocionais que ainda não testamos plenamente, e o ano que começa surge como o cenário ideal para colocar essa maturidade em prática. É através dessa resiliência progressiva que deixamos de acreditar na sorte, para confiar na nossa própria capacidade de adaptação, superação e a certeza de que podemos crescer muito mais.
Somado a isso, em um mundo cada vez mais mediado por telas e inteligências artificiais, a expectativa mais valiosa para o novo ciclo reside na valorização das conexões reais, aquelas ainda humanizadas que chamamos de relações pessoais. É preciso esperar de si mesmo uma presença mais autêntica e um olhar mais atento ao próximo, aquele que nos pede a mão ou a palavra amiga.
Portanto, não devemos apenas esperar que 2026 seja um ano bom, mas sim trabalhar para que ele seja de fato um ano favorável. Que o ano novo seja marcado pelo fortalecimento da afetividade, da resiliência, da compreensão. Que as comunidades sejam movidas por mais solidariedade e menos individualidade, que o tecido social seja forte o suficiente para superarmos, juntos, todas as adversidades.
Num ano que será marcado por disputados no campo político, cultivarmos a paciência, tolerância e respeito às diferenças de opiniões é fundamental. Vivemos a era de imediatismos sufocantes, mas as mudanças significativas na carreira, na saúde ou na espiritualidade exigem o tempo do cultivo e a persistência dos pequenos hábitos, para que a colheita seja farta.
Grandes vitórias são, na verdade, a soma de esforços diários e constantes.
O ano que se inicia é, sem dúvida, uma página em branco, que vamos preenchendo dia após dia. A grande transformação ocorre quando deixamos de ser espectadores das nossas promessas e passamos a ser os protagonistas da renovação, transformando cada linha dessa nossa escrita numa iniciativa concreta.
Que o brilho deste novo começo não seja apenas passageiro, mas constante como uma bússola a guiar nossos passos na direção ao que realmente importa: a vida.
Feliz Natal e Próspero Ano Novo. São os votos da “Família Metas”.