Retrospectiva 2015 (1)

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O ano já está tirando o chapéu num aceno de adeus. Vamos reproduzir um resumo das principais colunas:Em janeiro - Cine Clube ressuscitado: Em contato com Sylvio Zimmermann Neto, presidente da Fundação Cultural de Blumenau, AlvacyrÁvila dos Santos realizavelho sonho: ver de novo na ativa o seu clube de cinema. Mesmo com o Cinearte funcionando, o Cine Clube Carlitos terá sua hora e vez. Ficou acertado o dia das exibições: terças-feiras, com início às 19:30, no Cine Teatro Edith Gaertner. Os cinéfilos puderam apreciar Júlio César, O grande motim, As aventuras de Don Juan, filmes clássicos alemães (Nosferatu, um exemplo), bangue-bangues com Clint Eastwood e mais e mais. Se a bilheteria atingiu à expectativa, não me perguntem...

Em março - Cinearte "sesqueou": Tá bom. Criei o neologismo sesqueou a partir do Sesc. Se foi boa a parceria com o Serviço Social do Comércio, veremos com o tempo. Nos seus 13 anos de existência, a entidade, criada e mantida por Herbert Holetz até a sua morte, sempre pautou filmes à disposição nas melhores casas do ramo. Isto é: ao alcance de todos nas estantes das videolocadoras. Em 2015, as produções terão diversas procedências, quase nada "made in USA". As sessões ocorrem às segundas-feiras, às 19:30, com acesso gratuito como ocorre no Cine Carlitos. Novamente, não me perguntem se o número de espectadores atingiu o esperado...

O chupim Pataxó: Estava no varandão da casa na colina da Itapuí, Garcia, eis que de repente, surge na beirada do telhado um chupim preto, filhote, a bater as asinhas com o bico aberto implorando comida. Não sei por que abri as mãos, estendendo-as em sua direção. Pousou. Mansinho, deixou-se pegar. E até hoje, no findar do ano, faz-me companhia. E canta divinamente, além de dançar para seu dono. Mesmo assim, pensei: - Já está acostumado com a liberdade, vou soltá-lo. Deixei a porta da gaiola aberta. Ele sai e volta. Como quem dissesse: - Com tanta mordomia, daqui não saio nem por um dia!

Em abril - Com o crivo do bispo!: O meu terceiro livro-solo - O pensamento vivo de Frei Odorico, um bem-amado - foi lançado em julho de 2014. Mas continua vendendo e rendendo historinhas como essa. Levei exemplares para venda no que pensava chamar-se Livraria da Torre, depois descobri ser Livraria Bom Pastor. Até aí, tudo bem. A vendedora aceitou a encomenda. Surpreendeu-me,porém com uma pergunta:  - "O senhor para publicar a obra teve a autorização do bispo?" Argumentei: - Minha senhora, o livro foi pré-lançado no Colégio Santo Antônio, onde estudei e lecionei,  no dia em que se comemoravam os 55 anos da Academia de Monte Alverne. Os padres compraram e acho que o senhor bispo não terá nada contra ele. Afinal, pensei, o livro, se editado por uma empresa religiosa,teria impresso: imprimatur, nihil obstat, nada consta e por aí. Mas tratou-se de um relato jornalístico de um leigo sobre um sacerdote e professor mui admirado.