Fauna de pelúcia
Empresa cresceu produzindo ursinhos de pelúcia
Símbolo do universo infantil, das brincadeiras e da alegria da infância, bichinho de pelúcia é o presente ideal para quem quer agradar uma criança. É também uma forma de declarar e eternizar o amor por uma pessoa, com os corações que estampam um grande “eu te amo”, tão populares entre os namorados. Criar estes artigos exige uma boa dose de sensibilidade, paixão e encanto.
Odeti Maria Schneider reuniu todas essas qualidades e há 18 anos abriu uma empresa de fabricação de ursos de pelúcia, no Gaspar Grande. Ela começou sozinha, fazendo os bichinhos em casa. Logo viu que não daria conta de produzir em quantidade; então, contratou uma costureira para ajudá-la. “A ideia veio de um casal de amigos de Curitiba que já tinha uma empresa no ramo, eles me ensinaram como fazer”, conta a empresária.
Aos poucos, os ursinhos de Odeti foram ganhando espaço no comércio de Gaspar até ultrapassar as fronteiras da cidade. “Comecei vendendo consignado, até o produto ganhar credibilidade”, explica. Apesar de ser um negócio de difícil retorno, Odeti persistiu e seguiu em frente. “Foi o meio que encontrei de sustento e que ao mesmo tempo me permitiu criar meus filhos, pois naquela época não havia creche por aqui”, lembra a empresária.
A casa da empresária tornou-se pequena e ela precisou construir um galpão e contratar mais funcionários - atualmente são cinco, com boa parte de serviço de costura terceirizado em facções. Até hoje, a Brumar Bichos de Pelúcia, como foi batizada a empresa, é a única da cidade a fabricar este tipo de produto - aproximadamente 1500 peças por mês.
Boa parte dos modelos foi criada por Odeti e pelo genro, Luís. A filha é sua sócia, mas não trabalha na empresa. Ao todo, a Brumar possui 80 modelos diferentes. Ela explica que nem tudo o que se cria é bem aceito pelo mercado e que um fator que influencia muito nas vendas é a mídia. Os personagens de desenhos animados são muito procurados, porém, a produção é restrita a empresas autorizadas. Assim, é preciso imaginação na hora de criar bichos que sejam atraentes. “Quanto mais colorido, mais as crianças gostam”, observa Odeti.
Os ursinhos podem ser encontrados nas lojas e até nas rodas da fortuna das tradicionais festas das comunidades gasparenses. “Trabalhamos também com encomendas”, acrescenta a empresária, mostrando as últimas produções: o leãozinho do PROERD (Programa Educacional de Resistência às Drogas e à Violência) e uma simpática capivara, que é a mascote do restaurante Moinho do Vale, de Blumenau. “O cliente traz o desenho do que ele quer e a gente produz o modelo”, explica a empresária. No caso do leão, a sugestão foi adaptar um modelo que a empresa já tinha à logomarca do PROERD.
Novidades
Odeti e o genro estão sempre produzindo coisas novas. “Nosso foco é o atacado e trabalhamos muito com datas comemorativas”, conta ela. Segundo a proprietária, a Páscoa, Dia dos Namorados, Dia das Crianças e o Natal são os períodos de maior produtividade na fábrica. Na primeira data, o que mais sai são coelhos, para os apaixonados, corações e ursos. Já para as crianças, os mais vendidos são bichos de tamanho médio ou pequeno e o Natal é a época dos ursos grandes.
Entre as demais criações da empresária, estão carrinhos, dos pequenos até os de tamanho extragrande, sobre os quais pode sentar-se uma criança; bonecos e bonecas e tem até a pantera cor-de-rosa, um dos mais antigos personagens de desenho animado e de histórias em quadrinhos. Para o segundo semestre deste ano, a novidade são as abelhinhas e os novos modelos de girafas e casais de sapos. “A abelhinha vem para fazer par com a joaninha, que já produzimos para quem gosta poder colecionar”, detalha Odeti, que não deixa passar nada no controle de qualidade. “Isto é importante para manter a clientela”, finaliza.
Símbolo do universo infantil, das brincadeiras e da alegria da infância, bichinho de pelúcia é o presente ideal para quem quer agradar uma criança. É também uma forma de declarar e eternizar o amor por uma pessoa, com os corações que estampam um grande “eu te amo”, tão populares entre os namorados. Criar estes artigos exige uma boa dose de sensibilidade, paixão e encanto.
Odeti Maria Schneider reuniu todas essas qualidades e há 18 anos abriu uma empresa de fabricação de ursos de pelúcia, no Gaspar Grande. Ela começou sozinha, fazendo os bichinhos em casa. Logo viu que não daria conta de produzir em quantidade; então, contratou uma costureira para ajudá-la. “A ideia veio de um casal de amigos de Curitiba que já tinha uma empresa no ramo, eles me ensinaram como fazer”, conta a empresária.
Aos poucos, os ursinhos de Odeti foram ganhando espaço no comércio de Gaspar até ultrapassar as fronteiras da cidade. “Comecei vendendo consignado, até o produto ganhar credibilidade”, explica. Apesar de ser um negócio de difícil retorno, Odeti persistiu e seguiu em frente. “Foi o meio que encontrei de sustento e que ao mesmo tempo me permitiu criar meus filhos, pois naquela época não havia creche por aqui”, lembra a empresária.
A casa da empresária tornou-se pequena e ela precisou construir um galpão e contratar mais funcionários - atualmente são cinco, com boa parte de serviço de costura terceirizado em facções. Até hoje, a Brumar Bichos de Pelúcia, como foi batizada a empresa, é a única da cidade a fabricar este tipo de produto - aproximadamente 1500 peças por mês.
Boa parte dos modelos foi criada por Odeti e pelo genro, Luís. A filha é sua sócia, mas não trabalha na empresa. Ao todo, a Brumar possui 80 modelos diferentes. Ela explica que nem tudo o que se cria é bem aceito pelo mercado e que um fator que influencia muito nas vendas é a mídia. Os personagens de desenhos animados são muito procurados, porém, a produção é restrita a empresas autorizadas. Assim, é preciso imaginação na hora de criar bichos que sejam atraentes. “Quanto mais colorido, mais as crianças gostam”, observa Odeti.
Os ursinhos podem ser encontrados nas lojas e até nas rodas da fortuna das tradicionais festas das comunidades gasparenses. “Trabalhamos também com encomendas”, acrescenta a empresária, mostrando as últimas produções: o leãozinho do PROERD (Programa Educacional de Resistência às Drogas e à Violência) e uma simpática capivara, que é a mascote do restaurante Moinho do Vale, de Blumenau. “O cliente traz o desenho do que ele quer e a gente produz o modelo”, explica a empresária. No caso do leão, a sugestão foi adaptar um modelo que a empresa já tinha à logomarca do PROERD.
Novidades
Odeti e o genro estão sempre produzindo coisas novas. “Nosso foco é o atacado e trabalhamos muito com datas comemorativas”, conta ela. Segundo a proprietária, a Páscoa, Dia dos Namorados, Dia das Crianças e o Natal são os períodos de maior produtividade na fábrica. Na primeira data, o que mais sai são coelhos, para os apaixonados, corações e ursos. Já para as crianças, os mais vendidos são bichos de tamanho médio ou pequeno e o Natal é a época dos ursos grandes.
Entre as demais criações da empresária, estão carrinhos, dos pequenos até os de tamanho extragrande, sobre os quais pode sentar-se uma criança; bonecos e bonecas e tem até a pantera cor-de-rosa, um dos mais antigos personagens de desenho animado e de histórias em quadrinhos. Para o segundo semestre deste ano, a novidade são as abelhinhas e os novos modelos de girafas e casais de sapos. “A abelhinha vem para fazer par com a joaninha, que já produzimos para quem gosta poder colecionar”, detalha Odeti, que não deixa passar nada no controle de qualidade. “Isto é importante para manter a clientela”, finaliza.
Tudo começa no desenho do molde
O primeiro passo para fazer um bicho de pelúcia é desenhar os moldes. Funciona como um quebra-cabeça que, ao longo de todo o processo, é cuidadosamente montado. Essa função é de Odeti e do genro, Luís. Em seguida, outra funcionária faz os riscos no tecido de pelúcia, baseado nos moldes de papelão. Cada pedaço é cortado a mão, com tesoura, para não danificar a pelúcia. “Tem tecidos com pelúcia bem curtinha e outros com longa, que usamos, por exemplo, para fazer a juba do leão”, explica Odeti.
Tudo cortado é hora de costurar as partes que darão origem ao bichinho. O tecido é costurado do avesso. “Não é fácil costurar pelúcia, tem que ser feito com muito cuidado e calma. E isso demora”, observa a empresária. Ela diz que é muito difícil encontrar em Gaspar costureiras que saibam fazer isso, ou que, depois de aprender, continuem no serviço. “Elas preferem a malha, o tecido, que vai muito mais rápido”.
Da máquina de costura, a pelúcia vai para uma máquina que a preenche com fibra sintética e assim, o ursinho toma forma. Mas, antes, recebe os olhos. “Os olhos são colocados com travas de segurança, que não permitem que as crianças os arranquem. Antigamente, era apenas colado, o que era muito perigoso”, esclarece Odeti, que participa de todas as etapas da produção.
Segundo Odeti, a fibra é 100% poliéster e lavável, ou seja, pode colocar o ursinho até na máquina de lavar que não haverá problema. Na última etapa, os funcionários fazem os acabamentos, preenchem com fibra algum canto do bichinho que faltou, fazem as costuras dos dedos, da boca. A última etapa é fechar o buraco por onde foi colocada a fibra. Dependendo do modelo, o processo de produção é se torna mais difícil. “Quanto menor o ursinho, mais difícil de fazer”, diz Odeti.
O que tem a ver ursinhos com o ex-presidente dos Estados Unidos?
Em inglês, o ursinho de pelúcia chama-se “Teddy Bear”. O nome foi inspirado em um episódio protagonizado pelo ex-presidente dos Estados Unidos, Theodore Roosevelt. Em uma de suas caçadas, o presidente deparou-se com um urso ferido e encurralado, mas recusou-se a matá-lo. O ato de piedade do presidente, apelidada de Teddy, ganhou caricaturas publicadas em jornais do país, intituladas “Teddy’s bear” (o urso de Teddy). Mais tarde, um dono de uma loja de doces Morris Michtom, associou o acontecido à sua criação, lançando o ursinho de pelúcia ao lado do desenho do presidente em sua caçada.
O novo brinquedo foi um sucesso e o americano Michtom trocou a loja de doces por uma empresa de brinquedos infantis, que tornou-se mundialmente reconhecida, a Toy Company. Para referenciar essa faceta curiosa sobre as origens do urso de pelúcia e outras etapas de sua história, o brinquedo ganhou um museu em 1984, que fica em Petersfield, na Inglaterra. (Fonte: Wikipedia)