Protesto relembra um ano da morte de estudante em Ilhota e cobra mais segurança na Rodovia Jorge Lacerda

Ao completar um ano da morte de Eny Kamilli, comunidade pediu mais segurança no acesso à ponte

Por Daniel Nogueira

Familiares, amigos e comunidade em geral se manifestaram de forma pacífica

Moradores de Ilhota realizaram, na tarde desta quarta-feira (29), uma manifestação por mais segurança nas imediações da Ponte Padre Cláudio Cadorim — conhecida como Ponte da Saudade — que liga a margem direita do município à Rodovia Jorge Lacerda (SC-412). O ato marcou um ano da morte da estudante Eny Kamilly Gomes, de 13 anos, atropelada por um caminhão quando voltava da escola, e teve como objetivo chamar a atenção das autoridades para a necessidade urgente de melhorias no local.

Cerca de 50 pessoas participaram do protesto, que contou com a presença dos vereadores Fabrício Pereira e Wanderlea Richarts Werner, ambos do Partido Progressista (PP). A Polícia Militar acompanhou toda a mobilização para garantir a segurança e manter a ordem, sem o registro de qualquer conflito. Os manifestantes chegaram a fechar a Rodovia Jorge Lacerda por aproximadamente 30 minutos, realizando bloqueios intercalados de cerca de dez minutos, seguidos de breves intervalos, para minimizar os impactos no trânsito.

Durante o ato, foram feitas orações e velas brancas foram acesas em memória de Eny. Em um gesto simbólico de homenagem, 300 pétalas de rosas brancas foram lançadas no local do acidente. O clima foi de emoção, mas também de indignação diante da falta de ações efetivas por parte do poder público.

De acordo com Paulo Rosa Gomes, pai de Eny, a manifestação é um grito por atenção das autoridades. “Nosso sentimento é de descaso do poder público. Agora se completou um ano desde que a vida da minha filha foi ceifada neste lugar, que continua sem sinalização, nem uma faixa foi pintada. Tivemos várias promessas dos vereadores, do prefeito e até do secretário e Infraestrutura d Governo do Estado, Jerry Comper, e até agora nada foi feito”, lamentou.

O vereador Fabrício Pereira reforçou que a cobrança é direcionada ao governo do Estado, responsável pela rodovia. “Estamos reivindicando lombadas físicas, um trevo no trecho e uma sinalização adequada. A Prefeitura e os vereadores têm buscado soluções, mas dependemos de ações do Estado. A comunidade está cansada de esperar”, declarou o parlamentar. O ato foi encerrado de forma pacífica, com orações e pedidos por mais empatia e responsabilidade do poder público, para que a tragédia que tirou a vida de Eny Kamilli não se repita.