'Operação Masserati' prendeu 120 pessoas em seis estados

Essa é considerada a maior ação do GAECO de Santa Catarina

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O Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (GAECO), a Polícia Rodoviária Federal, Polícia Militar e demais forças de segurança cumpriram, na manhã desta quinta-feira (25), 262 ordens judiciais que resultaram em 120 prisões e 142 mandados de busca e apreensão em 45 cidades de seis estados da Federação: Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Paraná, São Paulo, Minas Gerais e Mato Grosso do Sul. A maioria das prisões aconteceu em Santa Catarina, onde a facção criminosa vinha expandindo a sua atuação no tráfico de drogas.

Em coletiva de imprensa online, as forças policias do Estado deram detalhes da "Operação Masserati", assim chamada porque a organização criminosa dava nomes de veículos a cada estado onde se instalava. Santa Catarina recebeu a denominação de Masserati. A operação desta quinta-feira é apontada como a maior já realizada no Estado e uma das maiores no País. Cerca de 400 policiais participaram das ações deflagradas nas primeiras horas da manhã. Segundo a coordenadora do núcleo do GAECO de São Miguel do Oeste, promotora de Justiça Marcela de Jesus Boldori Fernandes, foram nove meses de investigação onde foram identificados os objetivos da facção criminosa, que era a ocupação de cidades menores até chegar às cidades maiores do Litoral Norte do Estado. Ela explicou que região do Extremo-Oeste foi escolhida pela proximidade com as fronteiras da Argentina, Uruguai e Estado do Paraná. Já Joinville, outra base dos criminosos, foi escolhida por estar perto do corredor portuário de Santa Catarina ao Paraná. No Vale do Itajaí, prisões e buscas e apreensões ocorreram em Blumenau. Os policiais também estiveram em Itajaí.

De acordo com informações, 62 prisões foram feitas nos próprios presídios, já que a organização criminosa também atuava de dentro do complexo penitenciário, usando como forma de contato aparelhos celulares. A polícia apurou ainda, durante os interrogatórios dos presos, que a facção tem atuação em 27 estados da federação e 28 países. Para gerir toda essa atividade criminosa, os líderes criaram cargos e funções específicas, como se a facção fosse uma empresa. Foram identificados, até agora, 18 cargos, entre eles o de gerente de cadastro de integrantes da facção, gerente da venda de drogas e gerente de armazenamento de drogas e armas. Havia, ainda, uma pessoa responsável por tratar de assuntos prisionais, ou seja, as demandas dos presos que integram a organização e que estão cumprindo pena, além de um gerente geral da rua, esta a função mais importante pois é a pessoa que dá o aval para execuções, admissões e exclusões de novos integrantes. Vídeos de execuções de desafetos dos criminosos e até o "tribunal do júri", onde mortes eram decididas também foram parar nas mãos da polícia. O relatório final da "Operação Masserati" tem 2.200 páginas. 

 

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