Defesa de Bosi se manifesta e diz que prisão não tem respaldo fático
Ex-prefeito de Ilhota segue em prisão preventiva desde o último dia 19
Em nota divulgada à imprensa no dia 19 de dezembro, mas que somente chegou à redação do Jornal Metas no dia 22, os advogados do ex-prefeito de Ilhota, Daniel Christian Bosi, rebatem as notícias veiculadas na imprensa relativas à prisão do seu cliente, ocorrida no último dia 19 de dezembro.
De acordo com os advogados, as alegações da polícia, que levaram seu cliente à prisão “não possuem qualquer respaldo fático, tratando-se de interpretações distorcidas que não refletem a realidade dos fatos”.
Afirmam, ainda, que desde o início das apurações, o ex-prefeito se colocou à disposição da autoridade policial, inclusive tendo contratado advogados depois de ter sido procurado de “maneira atípica”, por meio de abordagens policiais indiretas e pouco convencionais.
A nota segue:
A defesa alega ainda que a prisão ocorreu de forma truculenta, não havendo elementos que justifiquem a manutenção da custódia cautelar (segundo informações, o ex-prefeito segue em prisão preventiva).
Os advogados disseram confiar no devido processo legal, no Poder Judiciário de Santa Catarina e na elucidação dos fatos, e que seu cliente irá provar suas inocência.
A nota finaliza refirmando o compromisso com a transparência e com o esclarecimento dos fatos, permanecendo à disposição da imprensa para informações adicionais que possam ser prestadas sem prejuízo ao andamento do caso.
Entenda os fatos
O ex-prefeito de Ilhota e advogado, Daniel Christian Bosi foi preso, na sexta-feira, dia 19, preventivamente suspeito de participar de um esquema de estelionato e apropriação indébita num negócio que envolve garantia de aluguéis no Litoral do Estado. Além de Bosi, outras seis pessoas estão sendo investigadas.
A polícia Civil de Navegantes, cidade onde o ex-prefeito reside, também cumpriu mandados de busca e apreensão, suspensão de atividades econômicas e bloqueio de valores em torno de R$ 1,5 milhão.
Segundo a investigação, o grupo vinha atuando desde o início do ano de maneira irregular já que, as duas empresas não teriam registro nem autorização da Superintendência de Seguros Privados (Susep), que atua como fiscalizador do setor.
O grupo induzia clientes, neste caso donos de imóveis ou de imobiliárias, a acreditar que se tratavam de seguradoras regulares, prometendo garantir o pagamento de aluguéis em caso do inquilino tornar-se inadimplente. As láusulas eram cada vez mais rígidas, dificultando o ressarcimento de valores às imobiliárias. Isso levou ao aumento dos prejuízos.
Ainda de acordo com a investigação, sem receber os repasses, as próprias imobiliárias acabaram realizando o pagamento aos proprietários de imóveis quando estes não recebiam o aluguel dos inquilinos. Isso teria levado algumas imobiliárias a fecharem as portas ou transferir clientes para outras empresas.
Uma das empresas investigadas teria sede em Navegantes, enquanto a outra na avenida Brigadeiro Faria Lima, um dos endereços comerciais mais caros de São Paulo. A Polícia checou os endereços e descobriu que outras empresas funcionavam nestes locais.
A investigação iniciou depois que várias vítimas registraram boletins de ocorrência em Navegantes, mas a suspeita é que o esquema já tinha ramificiações em outras regiões de Santa Catarina e nos estados do Rio Grande do Sul, Paraná, São Paulo e Mato Grosso. O prejuízo total pode ultrapassar R$ 15 milhões.
Logo após o caso repercutir na imprensa, a Empresa Onda Segura se manifesta por meio de nota
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