O ciclo vicioso da compulsão e a ruína de milhares de vidas

Conhecido por Ludopatia, o transtorno compulsivo por jogos de azar vem silenciosamente tomando proporções de pandemia e atinge todas as classes sociais

Por Alexandre Melo

Números divulgados por estudo revelam um cenário preocupante no mundo de apostas online

Toda semana, o psicólogo Angelo Mattioli, com mais de 20 anos de experiência, vê entrar pela porta do seu consultório em Curitiba-PR pessoas desesperadas por ajuda para se livrarem de um transtorno que vem se espalhando pela sociedade: a Ludopatia. O nome soa pouco familiar, mas trata-se da compulsão por jogos – “Ludo”, em latim, significa “Eu Jogo”.

Os jogos de apostas online chegaram ao Brasil há apenas oito anos, mas, de acordo com pesquisa da Agência Senado, existiam 22 milhões de apostadores online no Brasil em 2024, ou 10% da população. Diferentemente do passado, quando você precisava ir até um local de apostas, geralmente cassinos clandestinos ou bancas do “jogo do bicho”, hoje as apostas correm soltas pela internet e chegam facilmente na palma da mão das pessoas, o que não impede que até crianças possam jogar e apostar. Os idosos também são de um grupo bastante vulnerável.

Os jogos de azar consistem em apostar um valor em dinheiro para um eventual retorno imediato – mas sem quaisquer garantias. Portanto, o resultado não depende de quem apostou, mas de sorte. No caso das apostas esportivas, por mais que o apostador leve em conta a capacidade do time antes de palpitar valendo dinheiro, não há exatamente como cravar se o resultado será de fato o esperado.

 

Por isso, as “bets” criaram o chamado bônus, um atrativo para manter os clientes dentro da plataforma. Mattioli, porém, explica que existem jogadores recreativos, problemáticos e patológicos. Este último grupo é o que se pode chamar de portadores do transtorno de Ludopatia.

Contornos de epidemia

O psicólogo chama atenção para o aumento significativo do número de pacientes no seu consultório na relação direta com o crescimento do número de apostadores no Brasil. Por isso, faz muito sentido cravar que a Ludopatia se tornou uma epidemia no Brasil, destruindo as vidas de milhares de brasileiros.
Em abril deste ano, o presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, em depoimento à CPI das Apostas Esportivas no Senado, revelou que os jogos online representam no Brasil uma movimentação mensal em torno de R$ 30 bilhões.

Preocupa, também, as perdas sociais que o jogo provoca na vida das pessoas. No começo deste mês, o Instituto de Estudos para Políticas de Saúde (Ieps) e a Umane, organizações sem fins lucrativos dedicadas à saúde pública, e a Frente Parlamentar Mista para Promoção da Saúde Mental (FPSM) do Congresso Nacional, divulgaram um estudo – “A Saúde dos Brasileiros em Jogo”, revelando que os jogos de azar, popularizados pelas chamadas “bets”, geraram perdas econômicas e sociais estimadas em R$ 38,8 bilhões em 2024.

Acesse aqui a pesquisa na íntegra

Esse montante é a soma de danos à sociedade, como suicídios, desemprego, gastos com saúde mental e afastamento do trabalho. Para ter uma ideia do tamanho do rombo, R$ 38,8 bilhões poderiam custear 26% do orçamento do programa Minha Casa, Minha Vida, ou representar 23% a mais no Bolsa Família de 2024.

Para piorar o cenário, o Banco Central informou que os brasileiros beneficiários do Bolsa Família gastaram R$ 3 bilhões em jogos e apostas online, por meio do Pix, em agosto de 2024.

Apostas, perdas, mentiras e tentativa de suicídio

Renato da Silva, 50 anos, morador da região metropolitana de São Paulo, faz parte da triste estatística de brasileiros que chegaram ao fundo do poço por conta da compulsão pelo jogo. Em dois anos e meio, ele praticamente zerou o patrimônio acumulado em décadas de trabalho e ainda contraiu dívidaS com bancos.

Renato, cujo nome é fictício para se evitar a exposição e pré-julgamentos, conta que seu envolvimento com jogos começou na infância, quando a família se reunia nos fins de semana para animados e inocentes jogos de dominó e bingo, porém, sempre com pequenas apostas.

Mais tarde, já adolescente, ele passou a jogar baralho com vizinhos. “Eram apostas pequenas, porque eu não tinha muito dinheiro”, relata. Com 20 anos, Renato passou a acompanhar o pai em casas de bingo da cidade. “Meu pai não era um jogador compulsivo, mas foi quando eu comecei a me envolver diretamente com o jogo. Passei a frequentar o bingo todos os dias”, relembra.

Na época, o governo mandou fechar as casas de bingo do país, pois jogos de azar no Brasil são proibidos desde 1946 (Decreto-Lei nº 9.215). Renato parou com o bingo, mas continuou no baralho até surgirem as máquinas caça-níqueis. “Foi aí que eu realmente me perdi”, admite. Boa parte do seu salário ficava nas “maquininhas”. Para manter o vício, ele passou a pedir dinheiro emprestado.

Casamento e afastamento dos jogos

Renato casou e foi morar em um bairro distante de onde vivia. “Eu não conhecia ninguém, nem os bares onde se jogava, parei por um período, cerca de 5 anos, mas logo depois voltei a jogar”.

Com a pandemia e o isolamento em 2020/2021, Renato descobriu as “bets”. “Eu nunca havia me interessado nem me aprofundado sobre apostas online, até que um amigo teve um ganho grande e me mostrou; eu acabei me cadastrando em uma plataforma em 2022. Renato passou a apostar em resultados e outros acontecimentos nos jogos de futebol.

Dentro das plataformas bets, ele conheceu os slots, uma versão online dos caça-níqueis bastante popular nos cassinos virtuais. Renato passou a jogar o Mines (Minas, na tradução para o português), e definitivamente caiu num poço sem fundo. “Eu jogava todos os dias e por horas”, revela.

Perdas acumuladas de R$ 200 mil

Renato usava o próprio local de trabalho para jogar. “Eu me trancava na minha sala e ficava jogando, ou melhor, perdendo, porque nesses jogos online você nunca ganha”observa. Se ia a uma festa ou restaurante com a esposa, Renato trancava-se no banheiro para jogar; se estava indo para o trabalho, encostava o carro e jogava.

Em quase dois anos e meio, ele calcula que “ganhou” R$ 250 mil em apostas, mas, por conta da compulsividade, o dinheiro voltou para a plataforma, juntamente com outros R$ 200 mil, sendo R$ 160 mil fruto de uma rescisão de 19 anos de trabalho. Renato recorreu a empréstimos e cheque especial para manter o vício. A esposa começou a desconfiar por causa da mudança de comportamento do marido.

Foi então que veio o golpe derradeiro na dignidade...

Renato atentou contra a própria vida, ingerindo uma grande quantidade de comprimidos para tratamento da ansiedade. Nesse dia, ele apostou todo o dinheiro que tinha na conta corrente e ainda revirou a casa até localizar o cartão bancário de uma conta-poupança contendo parte da rescisão do seu contrato de trabalho.

Renato transferiu todo o dinheiro para a conta corrente e continuou apostando. “A minha esposa chegou a desconfiar que eu tinha uma amante, porque era muito dinheiro gasto”, revela.

Depois da tentativa de suicídio, ele decidiu contar a verdade para a esposa e ainda mostrou seus extratos bancários.

Difícil é admitir o vício

O psicólogo Angelo Mattioli diz que a compulsão por jogos é muito semelhante à do álcool e à de outras drogas ilícitas. “A pessoa não admite, apesar dos problemas que o vício provoca, por isso continua apostando. É muito comum outras patologias associadas. Além de jogador compulsivo, a pessoa também faz uso de substâncias como cocaína e álcool e isso potencializa ainda mais a coragem de apostar.”

Renato enfim admitiu que precisava de ajuda para se livrar do vício. A esposa conseguiu um psicólogo no Pro-AMITI (Programa Ambulatorial Integrado dos Transtornos do Impulso do Instituto de Psiquiatria da Universidade de São Paulo). Enquanto aguardava uma vaga para iniciar o tratamento, a esposa descobriu na internet a irmandade Jogadores Anônimos (JA) e a vida de Renato começou a mudar.

Jogadores Anônimos surgiu há quase 70 anos

Jogadores anônimos (JA) é uma irmandade formada por pessoas que compartilham suas experiências, energia e esperança. O objetivo é ajudar quem deseja parar de jogar a manter-se abstinente. O JA surgiu nos Estados Unidos, por iniciativa de dois jogadores compulsivos.

Toda vez que eles se encontravam, e relatavam o problema um para outro, a obsessão pelo jogo diminuía até que eles pararam completamente de apostar. A conclusão foi que as conversas evitavam uma recaída.

Era também necessário fazer mudanças de caráter, e por isso aplicaram princípios espirituais como orientação, que já haviam sido utilizados na cura para outros hábitos compulsivos, como o do alcoolismo.

A fim de manter a própria abstinência, os dois amigos entenderam que era preciso levar a mensagem de esperança a outros jogadores compulsivos. Desde o primeiro encontro, em setembro de 1957, em Los Angeles, na Califórnia-EUA, Jogadores Anônimos não para de crescer. No Brasil, a primeira reunião do JA ocorreu no Rio de Janeiro, em 1993. Hoje, são 68 grupos em praticamente todos os estados do país. Em Santa Catarina, a sede fica em Florianópolis.

A chance de recuperar a dignidade perdida

Renato chegou ao Jogadores Anônimos no começo de maio de 2024. A pedido da esposa, ele conversou com uma pessoa que hoje ele chama de “padrinho”. O primeiro diálogo encerrou com o convite para participar de uma reunião virtual. Ao entrar na sala, Renato viu que não estava sozinho: havia milhares de pessoas sofrendo de Ludopatia.

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Em capitais e regiões metropolitanas, o JA organiza reuniões presenciais, mas a maioria dos encontros é virtual, sempre com um mediador e um secretário. Essas reuniões ocorrem duas vezes por dia – às 18 e às 20 horas – e nos sete dias da semana. Algumas são fechadas apenas para pessoas em tratamento; outras permitem a participação de familiares e profissionais da saúde.

No sábado, são quatro sessões e, no domingo, três. Em média, 50 pessoas participam diariamente das reuniões online.Renato é um dos mediadores. A convite dele, a reportagem do Jornal Metas acompanhou um desses encontros virtuais.

Foram duas horas de relatos impactantes de uma realidade distante dos olhos da sociedade e das autoridades da área de saúde pública.

A maioria dos depoentes admitiu ser portador de Ludopatia há pouco tempo, o que reforça a ideia de crescimento do número de jogadores online no Brasil nos últimos anos. O pedido de socorro acontece da pior maneira possível: diante da completa falência financeira e perda da dignidade.

Ouvimos também relatos dramáticos de familiares de jogadores compulsivos: “Vi minha família se deteriorar, por drogas, apostas e o descontrole financeiro. Faz um mês que meu pai não joga mais e está em tratamento. Ele nunca compartilhou com a gente o problema, ele é uma pessoa arrogante e até para o psicólogo está difícil ele se abrir”.
Vidas amarguradas, sofridas, lutando para se livrar da Ludopatia, das dívidas, recuperar a dignidade e se reintegrar à família.

A Ludopatia é imperceptível, silenciosa e altamente corrosiva. Com 90 dias de abstinência, Renato já pode “servir à irmandade”, ou seja, ajudar as pessoas que estão chegando. “Da mesma forma que eu fui acolhido e entenderam o meu problema e eu entendi o problema que tinha, hoje eu também recebo as pessoas que estão chegando na irmandade”, destaca.

Existem 20 perguntas que ajudam a identificar se a pessoa é ou não portador de Ludopatia. Se você responder afirmativamente a pelo menos sete delas, o seu perfil de jogador se encaixa no transtorno:

1 - Você já perdeu horas de trabalho ou da escola devido ao jogo?

2 - Alguma vez o jogo já causou infelicidade na sua vida familiar?

3 - O jogo afetou a sua reputação?

4 - Você já sentiu remorso após jogar?

5 - Alguma vez você já jogou para obter dinheiro para pagar dívidas ou então resolver dificuldades financeiras?

6 - O jogo causou uma diminuição na sua ambição ou eficiência?

7 - Após ter perdido você sentiu como se necessitasse voltar o mais cedo possível a recuperar as suas perdas?
8 - Após um ganho você sentiu uma forte vontade de ganhar mais?

9 - Você geralmente jogava até que seu último centavo acabasse?

10 - Você relutava em usar o “dinheiro do jogo” para as despesas normais?

11 - Alguma vez você já vendeu alguma coisa para financiar seu jogo?

12 - Você já pediu dinheiro emprestado para financiar seu jogo?

13 - O jogo o tornou descuidado com seu bem-estar e o da sua família?

14 - Alguma vez você jogou por mais tempo do que planejava?

15 - Alguma vez você já jogou para fugir das preocupações ou problemas?

16 - Alguma vez você já cometeu, ou pensou em cometer um ato ilegal para financiar o jogo?

17 - O jogo fez com que você tivesse dificuldades para dormir?

18 - As discussões, desapontamentos ou frustrações fizeram com que você tivesse vontade de jogar?

19 - Alguma vez você já teve vontade de celebrar alguma boa sorte com algumas horas de jogo?

20 - Alguma vez você já pensou em se autodestruir como resultado do seu jogo?

Como chegar ao JA

O primeiro contato é por intermédio do canal WhatsApp, que está disponível na capa do site Jogadores Anônimos. A pessoa acessa ali e automaticamente é direcionada para a plataforma, onde membros da irmandade fazem esse primeiro atendimento. “Esse é o meu trabalho para a irmandade, que me fortalece e ajuda na minha recuperação”, afirma Renato. Em média, de acordo com ele, são feitos 150 atendimentos por dia; muitas vezes não é o próprio jogador, mas familiares, além de psicólogos que contatam o JA para indicar algum paciente.
“Hoje, para mim, servir à irmandade é uma ferramenta importante na minha recuperação, além de me ajudar a mudar hábitos, lugares e evitar pessoas da minha época de jogatina”, conclui Renato.

 Tratamento psicológico para deixar o vício e reorganizar a vida

O psicólogo Angelo Mattioli trata a Ludopatia em uma abordagem que combina Terapia Cognitivo-Comportamental e Educação Financeira. O objetivo não é só a pessoa parar de jogar, mas também reorganizar a sua vida financeira, reduzir os riscos de recaída, reconstruir as relações, recuperar a autoestima, identificar valores, propósito de vida e desenvolver uma visão de longo prazo.

Segundo ele, os pacientes chegam ao consultório em momento de ruptura. “Ele recebeu o salário e torrou tudo no jogo em um dia”, exemplifica. Outro motivo são os conflitos familiares. “O casal ameaça separação ou há uma pressão mais forte por parte dos pais; a pessoa tenta abandonar o jogo sozinha, mas não consegue e busca a ajuda de um profissional”, revela o psicólogo.

O aumento da procura pelo divã do consultório também está associada a data de pagamento do salário, ou seja, nas primeiras semanas do mês e no dia 20, quando muitas empresas liberam os vales (adiantamento de salário). Em muitos casos, o próprio jogador procura ajuda, mas não é raro que o primeiro contato seja do familiar, geralmente esposa, marido, pais ou irmãos.

O sintoma de quem sofre de Ludopatia, observa Mattioli, é quando o comportamento é disfuncional, que está prejudicando a sua vida, e mesmo assim ela não consegue sair desse ciclo. “É como se ela fosse controlada pelo jogo, e quando isso começa a ocorrer é a fase de transição em que ela está deixando de ser uma jogadora recreativa para se tornar uma jogadora problemática ou até já desenvolveu o transtorno associado a outra patologia”.

Alguns gatilhos são claros. “Quando a pessoa tem o dinheiro para pagar uma dívida ou o boleto do cartão de crédito, por exemplo, mas decide apostar, acreditando que vai tirar o valor correspondente no jogo”, diz Mattioli. Para ele, enquanto as casas de apostas e as plataformas de jogos continuarem faturando alto e aumentando o número de usuários, mais pessoas serão acometidas de Ludopatia.

Publicidade mostra o jogo com algo glamouroso

A publicidade, reforça o psicólogo, cria a sensação de normalidade, de glamour em torno do jogo. “É preciso repetir o que foi feito com o cigarro e as bebidas alcoólicas, ou seja, é preciso proteger os grupos mais vulneráveis com um maior controle governamental sobre a propaganda que hoje corre solta em todos os canais de multimídia; precisamos proteger o público jovem, adolescentes, que têm predisposição ao transtorno do jogo. Eu não estou pedindo para proibir a publicidade, mas sim regulamentar com mais responsabilidade”, finaliza o psicólogo.

Bets passaram a pagar imposto em 2024

As bets foram legalizadas no Brasil em 2018, mas regulamentadas em 2023 (Lei nº 14.790), e só passaram a pagar um volume maior de impostos a partir deste ano. A lei determina que as bets tenham sede e administração no Brasil e definiu como ocorrerá a tributação.

Descontado o valor dos prêmios, as empresas passaram a pagar com 88% do montante obtido com as apostas e o governo federal com 12%, que deverão ser aplicados em educação, segurança, vigilância de fronteiras e saúde.

 Até agosto, pingou na conta do MS apenas R$ 33 milhões de um total de R$ 6,8 bilhões arrecadados em setembro e R$ 8 bilhões em outubro, segundo relatório “A saúde dos Brasileiros em Jogo”.

A regularização do mercado também não é garantia de redução do número de apostadores e de endividados, bem como das empresas que atuam clandestinamente. De acordo com o Instituto Brasileiro de Jogo Reponsável (IBJR), mais de 51% das apostas no âmbito virtual no Brasil operam na clandestinidade.

Atualmente as bets são tributadas em 12% sobre a receita bruta. No Senado tramita o Projeto de Lei 5473/2025, que propõe duplicar essa alíquota, mas que vem sofrendo resistência do IBJR, que representa cerca de 75% do mercado brasileiro. A entidade diz que o aumento de tributação irá fortalecer o mercado clandestino. Além disso, os apostadores pagam 15% de Imposto de Renda sobre o prêmio recebido.

A diretora de Relações Institucionais do Ieps, Rebeca Freitas, acredita que sem uma regulação firme, fiscalização rigorosa e responsabilidade das operadoras, aumentam os riscos de endividamento, adoecimento e impactos sobre a saúde mental, especialmente entre grupos mais vulneráveis.

Ela constata que as bets já fazem parte da vida de milhões de brasileiros, por isso a questão central sobre o tema deve ser em torno de garantir proteção à população. No entanto, completa a diretora, o cenário atual mostra o oposto. “A prática está sendo incentivada por um lobby comercial poderoso, ainda que às custas da saúde do povo brasileiro”.

Projeto de Lei na ALESC visa combater a Ludopatia em SC

“Sem Chance para o Azar” é um Projeto de Lei, de autoria do deputado Napoleão Bernardes (PSD), que busca combater vício da compulsividade em apostas em Santa Catarina e, ao mesmo tempo, resgatar famílias em situação de risco psicológico e promover a conscientização sobre os perigos dos jogos de azar.

De acordo com o parlamentar, a iniciativa posiciona o Estado de Santa Catarina como protagonista na redução dos danos à saúde pública causados pela compulsão por jogos, ao mesmo tempo em que garante os direitos dos consumidores”. Bernardes lembra que Ludopatia afeta milhares de famílias em Santa Catarina.

O projeto já foi aprovado na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da ALESC, e tramita atualmente na Comissão de Finanças e Tributação. Depois, ainda precisa passar por outros dois colegiados (Comissão de Trabalho, Administração e Serviço Público e Comissão de Esportes e Lazer), para ir à votação em Plenário.