Taxa de desemprego no Brasil cai para 5,6% e iguala menor nível da história

País registra 6 milhões de desempregados, o menor número desde o início da série em 2012; renda média sobe 4% e número de empregados com carteira assinada atinge recorde

Por Daniel Nogueira

Número de empregados com carteira assinada chega a 39,2 milhões

A taxa de desemprego no Brasil caiu para 5,6% no trimestre encerrado em setembro, repetindo o menor nível da série histórica iniciada em 2012, segundo dados divulgados nesta sexta-feira (31) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O resultado indica uma melhora consistente no mercado de trabalho, impulsionada pelo aumento das contratações formais e pela estabilidade no número de pessoas ocupadas.

De acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua), o país contabiliza 6,045 milhões de pessoas desocupadas, o menor contingente já registrado. Esse número representa uma queda de 3,3% em relação ao trimestre anterior e redução de 11,8% na comparação com o mesmo período de 2024.

A população ocupada manteve-se estável, acima de 102 milhões de pessoas, o que corresponde a um nível de ocupação de 58,7%. O número de empregados com carteira assinada também atingiu um novo recorde, chegando a 39,2 milhões de trabalhadores formais.

Outro destaque é a renda média real do trabalhador, que alcançou R$ 3.507 no trimestre, com aumento de 4% em relação ao mesmo período de 2024, reforçando o poder de compra das famílias.

O contingente da força de trabalho, que engloba pessoas ocupadas e desocupadas, foi estimado em 108,5 milhões de brasileiros entre julho e setembro. O número se manteve estável frente ao trimestre anterior e cresceu 0,5% (acréscimo de 566 mil pessoas) na comparação anual.

Entre os setores que mais cresceram no período estão agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura, com alta de 3,4% (260 mil novos trabalhadores), e construção civil, que também avançou 3,4% (249 mil pessoas). Em contrapartida, houve retração no comércio e reparação de veículos automotores e motocicletas (queda de 1,4%, ou 274 mil pessoas a menos) e nos serviços domésticos (redução de 2,9%, ou 165 mil pessoas).

Na comparação com o mesmo trimestre de 2024, cresceram as ocupações em transporte, armazenagem e correio (alta de 6,7%, ou 371 mil pessoas) e em administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde e serviços sociais (alta de 3,9%, ou 724 mil pessoas). Apenas os serviços domésticos apresentaram retração de 5,1%, o equivalente a 301 mil vagas a menos.

O cenário reforça o avanço do mercado de trabalho brasileiro, marcado pela redução do desemprego, aumento da renda e fortalecimento do emprego formal, fatores que consolidam uma retomada sustentável do crescimento econômico.