Polícia Rodoviária diz que trecho da Jorge Lacerda é bem sinalizado
De acordo com o comandante do P2, da PMRv, Marcelo Vieira, acidentes de trânsito ocorrem por diversos fatores
Coincidência, imprudência ou falta de uma melhor sinalização? Nas últimas quatro semanas, três graves acidentes no quilômetro 8 da Rodovia Jorge Lacerda (SC-412), região conhecida como Barra de Luiz Alves, levantaram a questão. No primeiro deles, no dia 16 de setembro, dois caminhões bateram de frente. Um dos motoristas ficou preso às ferragens e teve amputação de uma das pernas.
O segundo acidente ocorreu exatamente um mês depois. Na quinta-feira, dia 16 de outubro, o motorista de um caminhão perdeu o controle na curva e atingiu os muros de três casas, passou por cima de uma moto estacionada e ainda derrubou um poste de energia elétrica. A princípio, o próprio condutor relatou aos bombeiros e policiais rodoviários que sofreu um mal súbito.
No começo da tarde desta terça-feira, dia 21, o mais grave dos três acidentes. O motorista de um Volkswagen GOL bateu na lateral de um caminhão que seguia em sentido contrário. Com a violência da batida, o veículo saiu da pista e o motorista, de 73 anos, ficou preso às ferragens. Ele morreu antes da chegada das equipes de socorro. O SAMU foi acionado e o médico constatou o óbito do condutor no local. Em seguida, o corpo da vítima foi encaminhado para o IML. O motorista do caminhão não sofreu ferimentos e recusou atendimento médico.
“Sinalização é adequada”, diz PMRv
O comandante do Posto 2, da Polícia Militar Rodoviária Estadual (PMRv), que fica no Bairro Poço Grande, em Gaspar, subtenente Marcelo Vieira Ramos, explicou que sinistros do tipo colisão frontal ocorrem por diversos fatores. “Falha humana (essa a causa mais comum) relacionada ao abuso de confiança, quando o condutor força ultrapassagem, excede os limites de velocidade ou dirige sem atenção, muitas vezes manuseando o celular”. Também, ainda de acordo com Vieira, pode ocorrer um sinistro por questões de saúde do condutor, como um mal súbito, que parece ter sido o caso do acidente com o caminhão na semana passada.
Sobre o sinistro desta terça-feira, o comandante afirmou que a PMRv não identificou qualquer condição de infraestrutura rodoviária como causa.
Ele esclareceu que este trecho específico da rodovia recebe fiscalizações frequentes, assim como toda a extensão entre Ilhota e a BR-101. “A Polícia Militar Rodoviária já intensifica a fiscalização no local há tempos, devido ao grande fluxo de veículos que transitam por ali”.
O comandante também chama atenção para a instalação de loteamentos residenciais e galpões logísticos ao longo da rodovia nos últimos anos, o que aumentou de forma significativa o trânsito de veículos. “O aumento do fluxo de veículos indubitavelmente exige do motorista mais atenção ao trânsito. No trecho em questão, o desenvolvimento da região, anteriormente ocupada em grande parte apenas por rizicultores, aumentou o fluxo de travessias da rodovia”, enfatizou o comandante, que descartou qualquer medida de reforço no trecho, além do que já é feito pelo policiamento rodoviário. Segundo ele, o local é bem sinalizado e a pista oferece boas condições de trafegabilidade.
