O partido da FIESC é a indústria, diz presidente Seleme na posse

Industrial destacou importância de manter canais de diálogo abertos com todas as esferas da sociedade em prol do desenvolvimento industrial de SC

Por Kassiani Borges

Gilberto Seleme e André Odebrecht assinam termo de posse.

O industrial Gilberto Seleme é o novo presidente da FIESC. A cerimônia de posse, que ocorreu nesta sexta-feira (22) foi prestigiada pelo presidente da CNI, Ricardo Alban, por presidentes de Federações Industriais, por membros da diretoria e conselhos do SESI e SENAI nacionais, além de autoridades como o governador Jorginho Mello. Também compareceram quatro senadores, deputados federais e estaduais e representantes do poder judiciário.

Em seu discurso de posse, Seleme reforçou o compromisso da entidade com o diálogo com a sociedade e com os diferentes poderes, com todas as instâncias de governo, com todas as correntes políticas. “Também é isso que esperamos dos nossos representantes, tanto em nível estadual, quanto federal. A negociação, o diálogo e a diplomacia sensata – desconectada de interesses eleitorais, mais do que nunca, são o caminho para superar o grave momento em que vivemos. O partido da FIESC é a indústria”, afirmou.

A fala trouxe ainda a importância do associativismo, por meio do qual a Federação escuta as necessidades da indústria e mobiliza empreendedores em prol de temas comuns. Ele também salientou o papel da educação na formação de cidadãos para um futuro em constante transformação e o compromisso desta gestão na qualificação de profissionais preparados e adaptados às novas realidades do trabalho.

Seleme afirmou que a infraestrutura segue como uma das principais bandeiras da Federação e que vai defender a participação privada nas soluções que Santa Catarina merece e precisa para ampliar sua competitividade. O cuidado com as pessoas e o trabalho social do SESI também será um dos pilares da gestão. “Valorizamos o trabalhador que transforma ideias em resultados, e por isso investiremos ainda mais na sua qualidade de vida. Cuidar das pessoas é cuidar da própria competitividade”.

O ex-presidente Mario Cezar de Aguiar, que deixou a gestão após sete anos, salientou que os resultados alcançados “foram obra da união em torno de objetivos coletivos, com participação dos colaboradores e dos industriais, que mesmo diante de crises, incertezas e turbulências, corajosamente mantiveram os investimentos e a confiança nos seus propósitos.” Entre as realizações, Aguiar destacou o maior programa de investimentos da história da FIESC, de R$1,5 bilhão, com foco em áreas estruturantes como educação, inovação, saúde, internacionalização e inclusão.

O presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Ricardo Alban, afirmou que Santa Catarina é uma inspiração pela diversidade de sua indústria e pela capacidade empreendedora dos catarinenses. "A FIESC tem uma presença marcante, com industriais presentes e atuantes. Nossa responsabilidade é cobrar que a política industrial se torne uma política de Estado".

O governador de SC, Jorginho Mello, disse que o estado tem um dos menores níveis de desemprego do mundo, graças ao empresariado catarinense. Ele destacou o protagonismo da indústria e salientou que o diálogo com a FIESC segue aberto. “A indústria de excelência em SC é exemplo para o Brasil”, afirmou.

O presidente do Conselho Nacional do SESI, Fausto Augusto Junior, destacou a relevância do momento para a indústria catarinense. Segundo ele, o setor tem papel estratégico no desenvolvimento econômico e social do país e se diferencia pela força de seu parque industrial e pela capacidade de inovação. “Tenho certeza de que a nova gestão fortalecerá ainda mais a competitividade das empresas, ampliará a geração de empregos de qualidade e impulsionará ações voltadas ao bem-estar dos trabalhadores e de suas famílias”, afirmou Fausto.