Dólar oscila à espera de encontro entre Lula e Trump
Mercado segue na expectativa da reunião entre Lula e Trump
O mercado financeiro brasileiro começou a semana com forte desempenho, em um movimento duplo de valorização do Ibovespa e nova queda do dólar. O principal índice da bolsa encostou em 145 mil pontos e atingiu o maior nível desde o início do mês. Na terça-feira, dia 21, a moeda estadunidense interrompeu uma sequência de quatro dias em queda e teve alta 0,37%, cotado a R$ 5,39. Nesta quarta-feira, dia 22, a o dólar voltou a fechar em alta, porém, menor em relação a terça-feira: 0,13%, cotado a R$ 5,3969. O Ibovespa, principal índice da bolsa brasileira, avançou 0,55%, chegando aos 144.873 pontos.
Os investidores mantiveram a expectativa sobre um possível encontro presencial entre os presidentes Lula e Donald Trump. Também acompanharam as medidas do governo para cobrir o déficit de R$ 35 bilhões no Orçamento de 2026 e os impactos da paralisação administrativa nos Estados Unidos. A subida do dólar também está relacionada com a queda do iene, a moeda japonesa, depois da eleição da nova Primeira-Ministra do Japão, Sanae Takaichi, líder do Partido Liberal Democrático, que deve ampliar os gastos públicos e implementar políticas fiscais expansionistas, além da expectativa dos investidores para o encontro entre Lula e Trump, que pode ocorrer nos próximos dias.
A moeda norte-americana está em baixa desde 9 de outubro, antes de o presidente Donald Trump ameaçar elevar tarifas para a China, em meio a pressões para que o país asiático abra o mercado de minerais raros. O dólar acumula queda de 13,09% em 2025.
Já o avanço do Ibovespa foi impulsionado por fatores domésticos e externos. Internamente, o otimismo dos investidores foi sustentado por notícias positivas envolvendo grandes companhias e pela revisão para baixo das projeções de inflação no Boletim Focus do Banco Central. No exterior, indicadores ligeiramente melhores da economia chinesa ajudaram a fortalecer o apetite por risco. Com a Selic mantida em 15% ao ano, o país continua atrativo para investidores estrangeiros, especialmente diante da expectativa de cortes de juros no mercado americano.
