Santa Catarina tem taxa de desemprego menor do que todos os países do G7

Com 2,2% no segundo trimestre de 2025, índice catarinense é inferior ao de países desenvolvidos como Japão, Alemanha e Estados Unidos, configurando o menor percentual dos últimos 13 anos

Por Daniel Nogueira

Se Santa Catarina fosse um país, teria a menor taxa de desemprego entre todos os países signatários da OCDE

Santa Catarina atingiu um marco histórico no mercado de trabalho ao registrar, no segundo trimestre de 2025, a menor taxa de desemprego dos últimos 13 anos: apenas 2,2%. O índice é considerado pleno emprego e coloca o estado em posição de destaque não apenas no Brasil, mas também no cenário internacional, com percentual inferior ao de nações desenvolvidas como Japão (2,5%), Coreia do Sul (2,7%), Alemanha (3,6%) e Estados Unidos (4,2%).

Segundo dados do IBGE, em comparação com a média nacional de 5,8%, o desempenho catarinense representa menos da metade da taxa de desocupação do país. A avaliação ganha ainda mais relevância quando confrontada com dados da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), que adota metodologia semelhante para medir o desemprego em países-membros, permitindo comparações diretas. Caso fosse um país, Santa Catarina teria hoje a menor taxa entre todos os signatários da organização.

Para o governador Jorginho Mello, o resultado reflete o perfil empreendedor da população aliado às políticas públicas estaduais. “Nossa gente trabalha, é criativa e o governo incentiva. Essa marca histórica, a menor taxa de desemprego do Brasil e também inferior à de países mais ricos do mundo, tem que ser comemorada. Ninguém segura Santa Catarina”, afirmou.

O secretário de Estado de Indústria, Comércio e Serviços, Silvio Dreveck, destacou os programas de incentivo econômico como fatores determinantes. Apenas os benefícios fiscais concedidos por meio do Prodec e do Pró-Emprego foram responsáveis pela criação de cerca de 80 mil vagas desde 2023. “A melhor política social é o emprego. Ele gera renda, transforma vidas e fortalece a economia catarinense”, ressaltou.

Outro indicador que reforça o bom momento do estado é a baixa taxa de trabalhadores desalentados — pessoas que desistiram de procurar emprego nos últimos 30 dias. Em Santa Catarina, esse percentual é de apenas 0,3%, frente à média nacional de 2,5%. Atualmente, somente o Sine reúne mais de 9 mil vagas abertas no estado.

De acordo com o secretário de Estado do Planejamento, Fabrício Oliveira, a queda de 40,5% no desemprego em relação ao mesmo trimestre de 2022 comprova a efetividade das políticas públicas. “Nunca tivemos um cenário tão positivo. Estamos garantindo mais renda, mais oportunidades e mais dignidade às famílias catarinenses”, avaliou.

O levantamento também mostra que todas as regiões catarinenses reduziram o desemprego em comparação ao mesmo período de 2024. O Oeste se destacou com apenas 1,2% de desocupação, seguido pelo Litoral Sul e Serra Catarinense, ambos com 1,5%. Já o Vale do Itajaí registrou taxa próxima à média estadual, de 2,3%. A Região Metropolitana, por sua vez, registrou crescimento de 13% no número de pessoas ocupadas.