Santa Catarina tem a menor desigualdade de renda entre trabalhadores do Brasil, aponta IBGE
Estado registra o menor Índice de Gini do país no 1º trimestre de 2025, consolidando liderança nacional em distribuição de renda há mais de uma década
Santa Catarina manteve a liderança nacional na distribuição de renda entre trabalhadores ocupados ao registrar, no primeiro trimestre de 2025, o menor Índice de Gini do Brasil. Os dados, divulgados com base na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua) do IBGE, revelam que o estado alcançou um índice de 0,424, bem abaixo da média nacional de 0,516 — uma diferença de 17,8% que reforça o desempenho superior de Santa Catarina em comparação às demais unidades da federação.
O Índice de Gini é um dos principais indicadores internacionais para medir desigualdade de renda, variando de 0 a 1, onde zero representa distribuição perfeitamente igualitária e um indica extrema concentração de renda. Quanto mais próximo de zero, menor a desigualdade.
Para o governador Jorginho Mello, o resultado é reflexo direto das políticas de fomento à economia catarinense. “O melhor programa de transformação social é o emprego. Criar oportunidades de trabalho é o que garante autonomia ao cidadão. Santa Catarina trabalha diariamente para manter um ambiente econômico atrativo, com menos impostos, segurança jurídica e facilidades para quem quer empreender e gerar empregos”, afirmou.
Os dados foram aprofundados em nova edição do Boletim Trimestral de Indicadores do Trabalho, lançado pela Secretaria de Estado do Planejamento (Seplan) nesta quinta-feira (7). O boletim analisa a renda dos trabalhadores segundo setor, região, sexo e grau de instrução. Entre os destaques está o setor de Alojamento e Alimentação, que apresentou um dos menores níveis de desigualdade: Gini de 0,357, com redução de cerca de 20% no índice desde 2012.
“Essa conquista é fruto de uma série de fatores estruturais combinados a políticas públicas consistentes, como a alta formalização do mercado, baixas taxas de desemprego e altos índices de produtividade”, destacou o secretário de Estado do Planejamento, Fabrício Oliveira.
A consistência do desempenho catarinense também se verifica ao longo do tempo. Desde o início da série histórica da PNAD Contínua, em 2012, Santa Catarina lidera o ranking nacional com o menor índice de desigualdade no primeiro trimestre de cada ano — com exceção apenas de 2021.
A análise por recortes sociais aponta ainda que a menor desigualdade de renda em Santa Catarina ocorre entre as mulheres ocupadas. No primeiro trimestre deste ano, o Índice de Gini para elas foi de 0,407. Já entre os trabalhadores com ensino médio completo ou equivalente, o indicador chegou a 0,324 — o menor entre todos os níveis de escolaridade analisados.