Unidos pela sustentabilidade
Escola, empresa e instituição desenvolvem projetos que educam para a preservação
Consumir os recursos naturais de maneira sustentável é obrigação. Mas da teoria à prática existe ainda um grande abismo. Alunos e direção da Escola Dolores Krauss, no bairro Figueira, em Gaspar, decidiram que era hora da prática. "Escola Sustentável", projeto que reaproveita a água da chuva foi o alicerce para a conscientização ambiental.
Bancado com recursos do Programa Dinheiro Direto na Escola (PDDE), a estrutura consiste em 200 metros de calhas interligadas e um cano que despeja a água na cisterna. O diretor da escola, Milton Cassiano, explica que a água da chuva é utilizada nos banheiros, lavação do pátio e irrigação dos jardins da escola. "Economizamos em até 10% o uso de água tratada", revela. Com apenas 11 anos, Wesley Rios diz que o projeto mostra a importância da água para o mundo.
Os exemplos de iniciativas sustentáveis estão por todo os cantos do Vale. Em Rio do Sul, o Protetor Ambiental do Alto Vale, parte de outra ação maior, "O Rio Itajaí Pede Nossa Ajuda", ensina a preservar as matas ciliares. O projeto é da Polícia Militar Ambiental em parceria com o Consórcio Empresarial Salto Pilão (CESAP).
Criado em 2006, o Programa Bunge Natureza, da Bunge Brasil, em Gaspar (SC), já produziu mais de 290 mil mudas de árvores, que recuperaram uma área de 1 milhão de m² - mais de 140 campos de futebol. O programa, que tem parceria da Universidade Regional de Blumenau (Furb), incentiva a interação entre colaboradores e comunidades, contribuindo para promover a responsabilidade ambiental. Desde o lançamento, mais de 28 mil pessoas já foram sensibilizadas. As atividades contemplam a produção de conteúdo de educação ambiental para as unidades da empresa, manutenção de viveiros de mudas, distribuição de mudas, trabalhos de restauração ambiental, visitas técnicas de escolas, comunidades e órgãos públicos às instalações em Gaspar, São Paulo e Barcarena. Para a Bunge Brasil, "o maior retorno do Bunge Natureza é para a sociedade, pois a empresa acredita na construção de uma consciência sobre o papel socioambiental que ela exerce não só perante seus colaboradores, mas também sobre as comunidades do entorno".
PROJETO PIAVA
Mais de 600 hectares de mata ciliar recuperada, 290 projetos em escolas, programas municipais de recuperação da vegetação e implantação de políticas públicas de educação ambiental. Esses são alguns números do Projeto Piava, o programa do Comitê do Itajaí para preservação do Itajaí-Açu e seus afluentes. Iniciado em 2005, o Piava encerrou cinco anos depois por falta de recursos. Enquanto durou, sob a coordenação da professora Beate Frank, o projeto fez palestras e capacitou pessoas, desenvolveu atividades nas escolas e realizou ações para a preservação das margens e rios.