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(Fotos: Agência Brasil)
Vacinação ainda não tem data para começar, mas primeiras doses devem chegar ao Brasil no dia 13 de janeiro.
Um novo passo no enfrentamento à Covid-19 no Brasil. Na quarta-feira, dia 5, o governo federal anunciou a inclusão de crianças de 5 a 11 anos de idade no Plano de Operacionalização de Vacinação Contra a Covid-19. A data do início da vacinação para a faixa etária ainda não foi divulgada, mas as primeiras doses de vacinas contra a doença destinadas às crianças devem chegar ao Brasil no dia 13 de janeiro. Está prevista uma remessa de 1,2 milhão de doses do imunizante da Pfizer - o único aprovado até o momento pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
Ainda para janeiro está previsto a chegada de mais um lote com 3,74 milhões de doses de vacina. Já para o primeiro trimestre de 2022, o Ministério da Saúde deve receber 20 milhões de doses pediátricas destinadas ao público-alvo, que é de cerca de 20,5 milhões de crianças.
O Ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, disse que não faltará vacina para nenhum pai que queira vacinar os filhos. O secretário executivo do órgão, Rodrigo Cruz, informou ainda que outras 20 milhões de doses foram reservadas. O envio está condicionado à confirmação pelo laboratório e pelo andamento do ritmo de vacinação.
Esquema vacinal para crianças de 5 a 11 anos
Para o público-alvo entre 5 e 11 anos de idade, o esquema vacinal será com duas doses, com intervalo de oito semanas entre as aplicações. O tempo é superior ao previsto na bula da vacina da Pfizer. Na indicação da marca, as duas doses do imunizante poderiam ser aplicadas com três semanas de diferença.
Segundo o Ministério da Saúde, será preciso que a criança vá vacinar acompanhada dos pais ou responsáveis ou leve uma autorização por escrito.
O Ministério também recomendará uma ordem de prioridade, privilegiando pessoas com comorbidades e com deficiências permanentes; indígenas e quilombolas; crianças que vivem com pessoas com riscos de evoluir para quadros graves da Covid-19; e em seguida crianças sem comorbidades.
A obrigação de prescrição médica para aplicação da vacina não foi incluída como uma exigência. Em consulta pública realizada pelo Ministério da Saúde sobre a vacinação em crianças de 5 a 11 anos de idade mostrou que a maioria das pessoas se manifestou contrária à necessidade de apresentação de prescrição médica para vacinação, e não concordou com a obrigatoriedade da vacina. Ainda assim, o Ministério da saúde sugere que os pais procurem profissionais de saúde.
Consulta pública
Durante a coletiva, o ministro Marcelo Queiroga e seus secretários defenderam o processo de análise e definição da inclusão do público infantil no Plano Nacional de Imunizações (PNI). A Anvisa autorizou a aplicação da vacina da Pfizer na faixa etária em 16 de dezembro, mas o Ministério decidiu realizar uma consulta pública e uma audiência pública antes de anunciar a inclusão. "Não há atraso. Não podemos trazer doses antes da aprovação da Anvisa. A consulta pública foi importante, sim, para tomada de posição do Ministério", declarou Queiroga.
A secretária extraordinária de Enfrentamento à Covid-19, Rosana Leite, ainda acrescentou que o cuidado não foi excessivo. "Muito pelo contrário. Nós temos uma tempestividade, o tempo correto de ser feito. E acredito que este é o tempo adequado".
Pfizer
Em nota, a Pfizer confirmou a assinatura do contrato de aquisição das 20 milhões de doses e o início da entrega na semana do dia 10 de janeiro. O Ministro da saúde, Marcelo Queiroga, informou que o custo total da vacinação da população de 5 a 11 anos deve ser em torno de R$ 2,6 bilhões.
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