Faz anos, papeei com Sônia Nolasco no Arquivo Histórico Professor José Ferreira da Silva. Ela, a pedido, transferiu-se para a unidade da Fundação Cultural de Blumenau na Vila Itoupava. Convidou-me para visitá-la e se quisesse fazer uma matéria sobre a Cervejaria Feldmann. No prédio onde esta funcionava, instalou-se o braço da fundação blumenauense. Passaram-se anos, fui adiando e até hoje não pisei lá. Mas me redimo agora, com Sônia de volta ao prédio da Rua das Palmeiras, depois de 4 anos, comentando o livro Ein Prosit Blumenau, de Soila Freese que a autora mo presenteou.

Na quarta capa, lê-se: "Ein Prosit Blumenau fala de um tempo em que a cerveja produzida na região imperava farta nas mesas de bares, festas, clubes e lares. Os narradores desta história são pessoas comuns, descendentes de mestres cervejeiros da época. São relatos que não se prendem a datas e dados exatos, mas na recordação de cada um. Fatos lembrados com carinho e muita saudade."

Ein Prosit Blumenau foi publicado originalmente em  2008. O volume que tenho em mãos, 2ª. edição, data de 2017, e veio a lume pela Gráfica e Editora 3 de Maio, contendo fotos de grande valia em 79 páginas.

Inda na contracapa consta uma leve biografia de Soila Freese: "É escritora, produtora cultural e jornalista, formada pela Universidade Regional do Vale do Itajaí (Univali). É natural de Blumenau, Santa Catarina. É uma entusiasta da Cultura. Apaixonada por histórias, memórias e assuntos relacionados ao patrimônio material e imaterial. Acumula em seu currículo produções e gestões de projetos culturais das mais diversas áreas, mas é na pesquisa, história e cultura regional que mais se identifica. É autora de quatro livros, participou na execução de 10 documentários como produtora, roteirista e diretora, de temas relacionados à história e à cultura de Santa Catarina."

Como conheci Soila? Ela atuou como consultora financeira no projeto do meu 5º. livro Máximas do Barão de Itapuí. Portanto, a prestação de contas da obra foi resolvida a contento pela autora de Ein Prosit Blumenau.

Fui descobri-la escritora por acaso. Depois da tempestade raivosa que alagou a cidade e bairros no mês de janeiro, fiquei sem os canais pagos, louco que sou por filmes. Até a vinda do técnico tive que me contentar com a televisão comercial que se revela de uma chatice e mesmice totais. No Canal Legislativo, apanho Soila dando uma entrevista no Biergarten. E falava exatamente sobre sua última obra, que ora comento, com ponto final previsto para a próxima edição deste jornal.