Residência giratória foi construída no Gasparinho

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O que começou  como uma simples brincadeira acabou se tornando uma grande curiosidade no bairro Gasparinho, em Gaspar. A casa giratória, construída pelo empresário Edevaldo da Rocha, tem atraído olhares e visitantes. E não é para menos, afinal não é todo dia que se constrói uma residência que, literalmente, gira. Edevaldo, 67 anos, explica que tudo começou quando um de seus genros, Gustavo, mostrou para ele, na internet, uma dessas casas. "Isto me chamou a atenção e eu disse que também iria construir uma igual, mas eles duvidaram", diverte-se o empresário. 

E foi o desafio, segundo ele, o "combustível" para levar o projeto adiante. Ele conta que foi até Ituporanga, no Alto Vale, conhecer a casa que ele havia visto na internet. "Mas não era assim que eu queria a minha residência. A casa tinha um sistema manual, movido a manivela. Eu gostaria de utilizar um sistema elétrico, mais prático", explica. Edevaldo, que é empresário do ramo de transportes, começou a planejar sozinho seu projeto. "Ouvi de muitas pessoas que isso não daria certo. Mas eu queria provar que era possível", ressalta.

A "engenhoca" até parece simples. Para fazer com que a casa gire, Edevaldo utilizou um motor elétrico, de 1Hp e meio;  uma engrenagem de seis metros de diâmetro; e um pinhão de 20cm. Primeiro, foi feita a estrutura mecânica e, depois, construída a residência em cima dessa engrenagem. A estrutura da casa é toda de ferro, revestida por madeira. Edevaldo orgulha-se em dizer que tudo foi pensando por ele. "A única ajuda que recebi foi de um amigo, o Rogério Alves de Andrade, que entende de estruturas metálicas e que acompanhou a construção", afirma.

Para dar uma volta completa, a casa pode levar de cinco a trinta minutos - tudo irá depender da velocidade escolhida. "O sistema é todo operado com um controle. Podemos escolher para que lado a casa vai girar e parar ela quando quisermos", explica Edevaldo. Para que as pessoas tenham ideia de como funciona o sistema - e também para fazer a manutenção dele - uma parte do chão foi tampada com um vidro transparente.  A construção teve início há quatro meses e a família já está usando a residência para os programas de fim de semana. "É uma casa para utilizarmos para o lazer, reunir a família e os amigos. Este foi meu objetivo quando resolvi construí-la".

E o primeiro encontro na residência teve direito até a um barril de chope. "Meus cunhados, Valdir e Carlos Segatta, duvidaram que o projeto iria dar certo. Eles falaram que se um dia a casa girasse, eles pagariam um barril de chope para mim. Tiveram que cumprir a promessa", revela. Hoje, é difícil a casa estar vazia aos sábados e domingos. "Tem sempre alguém aqui reunido. A casa se tornou uma atração. Há alguns dias teve uma cavalgada no bairro e os participantes pararam na residência para bater foto", afirma Edevaldo. 

Ademir da Rocha, filho de Edevaldo, não só aprovou o projeto como também ajudou e opinou durante a construção da casa. "Achei a ideia muito legal e não tive dúvidas de que a casa iria girar. Tudo o que o pai faz dá certo", brinca. Antes de conhecer a casa de Ituporanga, Ademir nunca tinha visto outra residência giratória. 

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